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Eleição presidencial 2014

Em marcha, novamente o terrorismo financeiro eleitoral contra o PT


Pública e explicitamente, está de volta a tão conhecida ofensiva do medo que os agentes do mercado, dentre os quais bancos e consultorias econômicas, costumeiramente desencadeiam às vésperas e durante as campanhas eleitorais e a eleição, para disseminar o medo no eleitorado e tentar demovê-lo de votar no PT.
O comunicado do Santander enviado a seus 40 mil clientes mais ricos, e uma reportagem publicada hoje na Folha de S.Paulo, que mostra que o mesmo ato do banco está sendo feito por várias agências e consultorias, provam que esta ofensiva do terrorismo eleitoral está de novo, em plena marcha a 71 dias do 1º turno, a 5 de outubro, das eleições nacionais deste ano. O tom de todos é sempre o mesmo:  a reeleição da presidenta Dilma Rousseff é uma ameaça à economia.
Enviado neste mês julho, em mensagem impressa no extrato dos clientes do banco aos clientes da categoria “Select” (renda mensal acima de R$ 10 mil), o texto do Santander afirma: “A quebra de confiança e o pessimismo crescente em relação ao Brasil (…) têm contribuído para a subida do Ibovespa. Difícil saber até quando vai durar esse cenário e qual será o desdobramento final de uma queda ainda maior de Dilma Rousseff nas pesquisas. Se a presidente se estabilizar ou voltar a subir nas pesquisas, um cenário de reversão pode surgir”.
Pedido de desculpas

Ontem à noite, segundo o presidente nacional do PT, deputado Rui Falcão, o banco pediu desculpas formalmente à Presidência da República. “A informação que deram é que estão demitindo todo o setor responsável pela produção do texto. Inclusive gente de cima. E estão procurando uma maneira de resgatar o que fizeram”, contou Rui.
Rui classificou a ação do banco de “terrorismo eleitoral’ e lembrou: “já vimos esse filme no passado”. Lembrou, então: “Eles (o mercado) criaram o Lulômetro para medir como a Bolsa oscilava. Agora mesmo a Bolsa sobe e desce, e deve estar beneficiando quem não está interessado no resultado eleitoral, mas em ganhar dinheiro com ação”.  E completou: “Aceito as desculpas, mas isso não elide o que aconteceu. Isso é proibido. Instituições bancárias ou financeiras não podem fazer manifestações que interfiram na decisão do voto.”
Como bem lembrou o presidente nacional do PT, exemplos desse terrorismo do mercado renascem a cada ano eleitoral. Em 1989, o empresário Mário Amato chegou a dizer que 800 mil empresários abandonariam o país caso o então candidato Lula vencesse as eleições. Naquela eleição, equipes do candidato adversário de Lula, Fernando Collor, percorreram residências afirmando que um governo petista no poder tomaria a casa das pessoas e seriam todos obrigados  a dividi-las com famílias mais pobres. E que confiscaria todo o dinheiro de todos no país. Voces sabem, e se lembram, quem fez esse confisco.
Em 2002 foi o “Lulômetro”
Em 2002, quando vencemos as eleições, o  Brasil já estava atento a esse terrorismo eleitoral do mercado. Mas, de nada adiantou. Criaram  o “lulômetro” inventado pelo analista Daniel Tenengauzer, do banco internacional Goldman Sachs – a instituição financeira envolvida da cabeça aos pés com a maior crise econômica global que vimos nos últimos tempos e que deixou milhões de desempregados.
Naquele ano, também, o megainvestidor George Soros dizia “(o tucano José) Serra ou o caos”, bradando contra a vitória do PT. O caos é deles – eles é que o instituem quando seus apadrinhados se elegem e governam. Os governos do PT geraram emprego, renda e diminuíram a nossa dependência das economias que derreteram nos últimos anos.
Como vocês sabem, não foi diferente o comportamento do mercado, com suas previsões catastróficas, nas demais eleições nacionais de 2006 e 2010.
Neste fim de semana o Sindicato dos Bancários de São Paulo, já anunciou que fará uma reclamação formal a Emilio Botín, presidente mundial do Santander, contra a gestão do chefe da instituição no Brasil, Jésus Zabalza. Outra medida foi anunciada por Jorge Lapas, prefeito de Osasco: em 30 dias,  encerrará o convênio que mantém com o banco para o recolhimento de impostos e taxas municipais – um movimento de cerca de R$ 1,9 bi. “O banco praticou uma partidarização fora de hora e lugar “, afirmou.