Cristiano Ronaldo copia Ronaldinho Gaúcho
Cristiano Ronaldo provoca polêmica ao dar um passe com as costas, num jogo contra o Atlético de Madri, que lhe rendeu até ameaças dos jogadores adversários.
"Você não faz isso quando está 0 a 0, não é? Te dou um soco", ameaçou Raúl García, que recebeu o apoio do companheiro Valera que disse: "isso não se faz".
A jogada, que não resultou em gol, lembra outra, de Ronaldinho Gaúcho, nos tempos de Barcelona, que deu um passe com as costas e o companheiro fez o gol.
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Preconceito
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Guilherme Marques
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Mídia
O triste fim de FHC
Mino Carta
O que temos de fazer
Vamos cuidar de nossa vida, fazer nossa economia crescer, integrar a América Latina (e integrar-nos cada vez mais a ela) e cuidar de nossos interesses no mundo, de forma soberana e pragmática. Aqui e alhures, é hora de cada macaco no seu galho. O resto é conversa de colonizador e de uma elite que nunca pensou com a cabeça no Brasil e no seu povo.
Na entrevista (leia) o ex-número 2 do FMI e presidente do Banco de Israel (o BC israelense) Stanley Fischer não deixa dúvidas: como a China não vai desvalorizar sua moeda, vamos nos preparar para o pior. Na visão dele vai sobrar para todo mundo e como o Brasil, pelo crescimento de sua economia, tende a ter uma moeda forte, não devemos ter ilusões, vai sobrar também para nós.
Como não queremos inflação e desvalorização artificial de nosso real, só nos resta crescer, mas para tanto precisamos controlar a entrada de capitais, reduzir os juros e mudar o timing do Banco Central (BC) e seu viés conservador, para dizer o mínimo, já que tributar e controlar capitais não basta.
Precisamos reduzir custos tributários, financeiros, de transporte e energia, melhorar a educação e a gestão pública, inovar e investir em tecnologia como uma obsessão nacional para não ter que reduzir salários e gastos sociais, e para não parar de investir e deixar de crescer com distribuição de renda.
Zé Dirceu
A vitória dos “moralizadores” e a depressão nos EUA
Paul Krugman (*)
É a célebre pergunta que Rick Santelli fez em 2009, pela CNBC, numa discussão que para muitos foi o ponto de partida do movimento Tea Party. É um sentimento que tem eco não só nos EUA, mas em grande parte do mundo. O tom difere de um lugar a outro – ao escutar um funcionário alemão denunciando o déficit, minha mulher sussurrou: "na saída distribuirão chicote a todo mundo, para nos flagelar-nos".
Mas a mensagem é a mesma: a dívida é má, os devedores devem pagar pelos seus pecados e daqui por diante viveremos todos de acordo com os nossos meios.
E esse tipo de atitude moralizadora explica por que estamos atolados numa depressão econômica aparentemente sem fim. Os anos anteriores à crise de 2008 foram marcados por um endividamento insustentável, que foi muito além dos créditos de alto risco que se segue vendo, erroneamente, como a origem do problema.
A especulação imobiliária foi alocada na Flórida e em Nevada, mas também na Espanha, na Irlanda e na Letônia. E tudo estava sendo pago com dinheiro emprestado. Este endividamento tornou o mundo mais vulnerável. Quando os dirigentes do golpe decidiram que tinham emprestado em demasia e que os níveis de dívida eram excessivos, os devedores se viram obrigados a cortar o gasto. Isso jogou o mundo na recessão mais profunda desde 1930. E a recuperação, até o momento, tem sido débil e incerta.
O essencial que devemos ter presente é que, para o mundo em seu conjunto, gasto é igual a receita. Se um grupo de pessoas – os que têm dívidas excessivas – se vê obrigado a deixar de gastar para pagar suas dívidas, de duas, uma: outro tem de gastar mais ou a receita do mundo desmorona.
No entanto, as partes do setor privado que não se encontram sob o peso de níveis elevados de dívida não vêm motivos para aumentar o gasto.
Os que não se endividaram em excesso podem conseguir créditos a taxas baixas – mas esse incentivo a gastar é mais que superado pelas preocupações relativas a um mercado de trabalho frouxo. Ninguém no setor privado está disposto a preencher o vazio criado pelo excesso de dívida.
O que se deve fazer, então? Em primeiro lugar, os governos deveriam gastar enquanto o setor privado não o faça, para que os devedores possam pagar suas dívidas sem perpetuarem uma depressão global. Em segundo, os governos deveriam estar promovendo um alívio da dívida.
Mas os moralizadores não permitem nada disso. Denunciam o gasto com déficit, declarando que não se pode resolver os problemas de dívida com mais dívida. Denunciam o alívio da dívida, dizendo que é uma recompensa para quem não merece.
E se alguém lhes diz que seus argumentos não se sustentam, enfurecem-se. Tente explicar-lhes que se os devedores gastam menos, a economia fica deprimida, a menos que outro gaste mais, e vão dizer-lhe que você é socialista. No ano passado, quase todos se esquivaram de John Boehner, presidente da minoria de deputados, quando ele declarou: "É hora do governo ajustar o cinturão"; frente ao gasto privado deprimido, o Estado deve gastar mais, não menos. Mas desde então o presidente Obama utilizou em reiteradas oportunidades a mesma metáfora, prometendo equiparar o ajuste do setor privado com o do setor público.
Falta-lhe coragem para pôr em questão as falsas ideias populares, ou é simplesmente preguiça intelectual? Seja como for, se o presidente não defende a lógica de suas políticas, quem o fará?
Enquanto isso, o programa de modificação do regime hipotecário da administração – o programa que inspirou a diatribe de Santelli – de definitivo não conseguiu praticamente nada. Uma das razões é que os funcionários estavam tão preocupados com que os acusassem de ajudarem a quem não merecia, que finalmente não ajudaram a quase ninguém. Ou seja, os moralizadores seguem ganhando. Cada vez mais votantes, tanto aqui como na Europa, estão convencidos de que aquilo de que necessitamos não é mais estímulo, mas castigo. Os Estados devem ajustar o cinturão; os devedores devem pagar o que devem.
A ironia é que, em sua determinação de castigar os votantes que não merecem, castigam a si mesmos: rechaçando o estímulo fiscal e o alívio da dívida, perpetuam o desemprego elevado.
Na realidade, estão reduzindo seus empregos para incomodar seus vizinhos. Mas não o sabem. E como não o sabem, a depressão continuará.
(*) Prêmio Nobel de Economia
Tradução: Katarina Peixoto
Haddad surra os globais
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