PT e PSDB antecipam largada para 2012


PT e PSDB armam tabuleiro de 2014



PT e PSDB anteciparam a largada às eleições municipais de 2012. O centro da disputa é o território de São Paulo, maior colégio eleitoral do país, portanto, decisivo na eleição para presidente de 2014. A rigor, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, queimou a largada ao decidir fundar o PSD. Mas a partida valeu, a corrida seguiu e PT e PSDB entraram na pista com disposição de início de campanha.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta repetir a mesma fórmula que o levou a eleger a presidente Dilma Rousseff. Seu candidato é o ministro da Educação, Fernando Haddad, um técnico que nunca antes disputou eleição, como Dilma, e que assim como a atual presidente, à época, também acumula polêmicas.
Nessa lista estão os fiascos do Enem, as cartilhas com erros de português e o “kit gay”, como foi batizado no Congresso o pacote contra a homofobia.
Tucanos forçam Serra em SP para dar passagem a Aécio
Na campanha de 2010, como se recorda, Dilma foi acusada de defender o desenvolvimento a qualquer custo (meio ambiente) e a legalização do aborto, assunto que contaminou o segundo turno da eleição presidencial. E assim como Dilma, o ministro Haddad é um nome técnico de fora do aparelho petista, tem bom relacionamento com Lula e é digerível por boa parte da classe média paulistana.
Lula articula as principais candidaturas para 2012 tendo em vista as alianças com os outros partidos. O ex-presidente costuma lembrar que somente venceu em 2002, após três tentativas, ao ampliar o leque de alianças do PT juntando-se ao PL do empresário e depois vice José Alencar, morto em março passado. No que se refere a São Paulo, Haddad leva vantagens diversas em relação aos outros pretendentes do PT, sob o ponto de vista de Lula.
Em primeiro lugar, é uma novidade. Apesar das polêmicas em que esteve envolvido, deve capturar o eleitorado histórico do PT na capital. E tem espaço para crescer, sobretudo com o apoio que Lula costuma dar a seus “candidatos do peito”, como ficou demonstrado nas eleições do ano passado. Se Haddad ganhar, o PT terá aberto uma brecha na muralha da cidadela tucana em São Paulo – Kassab não é do PSDB, mas é ligado e fiel ao tucano José Serra.
Na hipótese de Haddad perder, é certo que Lula não terá dificuldade para conseguir seu apoio para o eventual candidato do PMDB, Gabriel Chalita, se ele for um dos dois candidatos no segundo turno. Algo que seria difícil de tirar de Marta Suplicy – que é pré-candidata – ou Aloizio Mercadante, atual ministro da Ciência e Tecnologia, também potencial candidato à indicação. Lula joga com as alianças de 2012 tendo em vista a disputa de 2014.
Vitória na eleição na capital de São Paulo é uma variável que não se discute na equação eleitoral do PSDB, pelo menos por enquanto. A discussão entre grande parte dos tucanos é outra: como fazer José Serra decidir logo se é ou não candidato a prefeito de São Paulo. A decisão de Serra é importante para Aécio Neves e seus correligionários resolverem o encaminhamento da candidatura presidencial do mineiro.
É nesse contexto que deve ser entendida a proposta de realização de prévias para a escolha do candidato do PSDB a prefeito, de preferência até dezembro deste ano. Isso forçaria Serra a uma decisão já. Na hipótese de ele ser candidato, Aécio teria a segurança de contar com o caminho livre para começar a trabalhar sua candidatura para 2014, sem receio de que alguém possa lhe tirar a bola no meio do jogo.
Serra já disse que não será candidato a prefeito. Em particular, afirma que não disputaria de novo nem que esta fosse a última eleição de sua vida – só não diz o mesmo publicamente para não “ofender” os paulistanos, insinuando algum tipo de menosprezo pela prefeitura. Mas os adversários do tucano paulista ou não acreditam que ele consiga ficar sem um cargo até 2014 ou acham que podem convencê-lo com o argumento de que é a única alternativa viável do PSDB, sob pena de a sigla começar a desmoronar em São Paulo.
Por trás desse argumento, está o mesmo raciocínio defendido na convenção que elegeu os novos dirigentes tucanos, no final de maio, segundo o qual o PSDB deveria escolher logo o candidato a presidente. Para Serra, não interessa decidir nada agora. O tempo joga a seu favor, ao contrário do que ocorreu nas duas vezes em que disputou a Presidência da República, quando teve de deixar os cargos que então ocupava (ministro da Saúde e governador de São Paulo) no início de 2002 e de 2010.
O tempo está a favor até em relação à prefeitura de São Paulo: Serra não precisará dizer se é ou não candidato no início de maio de 2012, prazo para a desincompatibilização de pré-candidatos que tiverem cargos executivos. Um exemplo: o secretário de Energia, José Aníbal. No limite, Serra pode até deixar a decisão para o final de junho de 2012.
A exemplo de um número cada vez maior da chamada elite política do Congresso, independentemente de partido, José Serra também supõe que o candidato do PT, nas eleições de 2014, será o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Neste cenário, talvez o PSDB se convença de que o candidato ideal é o próprio Serra – o contraponto de Lula no partido..
A tese segundo a qual Aécio deveria disputar com Lula em 2014 para encorpar uma recandidatura em 2018 enfrenta problemas. O próprio Aécio tem dificuldades para enfrentar Lula, com o qual manteve excelente relacionamento no governo. Além disso, a concorrência para daqui a sete anos deve ser maior.
Sem falar do PT, cujo candidato deve ser Lula (para a eleição ou para a reeleição), o PMDB, por exemplo, contará com o nome do atual prefeito do Rio, Eduardo Paes, se os Jogos Olímpicos de 2016 forem o sucesso. Não há porque duvidar das possibilidades do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), nome que, por sinal, anda às turras com o PT. E no terreiro do PSDB já haverá outro candidato a cantar de galo – Beto Richa, atual governador do Paraná, filho de um dos fundadores tucanos, José Richa.
Os políticos gostam de dizer que as eleições municipais são diferentes das eleições para os governos de Estado e a Presidência da República. Mas nunca deixam de disputar uma sem pensar na outra.
Raymundo Costa é repórter especial de Política, em Brasília. Escreve às terças-feiras
E-mail raymundo.costa@valor.com.br

O " jornalismo de esgoto " e seus efeitos


Um dos pontos centrais das políticas de direitos humanos é o chamado direito à privacidade. Desde que não afete a vida de terceiros nem desrespeite as leis, toda pessoa tem o direito à sua privacidade.
O caso Murdoch expôs uma das características mais repelentes do jornalismo-espetáculo e do jornalismo "partido político": a exposição da vida de pessoas, os ataques pessoais, os chamados assassinatos de reputação como ferramentas não apenas para aumento de audiência, mas como arma política.
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Ocorreu nas eleições de Barack Obama. Comentaristas da Fox News, acumpliciados com redes anônimas de internautas, espalhavam que Obama não teria nascido nos Estados Unidos, que seria muçulmano, uma liderança infiltrada na política norte-americana visando destruir o país.
Esse mesmo modelo foi utilizado na campanha eleitoral do ano passado. Em qualquer escola de São Paulo, crianças eram contaminadas pela versão de que a candidata Dilma Rousseff "assassinou pessoas", que seria a favor do aborto. Ao mesmo tempo, havia ataques destemperados contra nordestinos. Na outra ponta, o preconceito contra qualquer pessoa que pertencesse à classe média para cima.
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A intolerância global foi particularmente feroz contra muçulmanos e árabes em geral, especialmente após o episódio terrorista que derrubou as Torres Gêmeas. Proliferaram sites e analistas preconizando o fim da civilização ocidental, com a invasão da Europa pelos muçulmanos.
Na França, proibiu-se o uso da burka. Diferenças culturais foram apontadas como desvios morais. Em um mundo cada vez mais globalizado, e enfrentando o fantasma da crise econômica, essa pregação espalhou-se como um rastilho, especialmente pelos países europeus. Da mesma maneira que a intolerância que se seguiu ao crack de 1929 da Bolsa de Nova York.
Por aqui, a pregação limitou-se ao chamado Foro de São Paulo - que, segundo alguns alucinados, visaria tomada do poder na América Latina pelos esquerdistas.
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O massacre de Oslo foi conseqüência direta de um clima de intolerância que teve em Murdoch o ponto central de disseminação, o exemplo no qual se espelharam grupos de mídia pelo mundo afora. Esse movimento foi facilitado pela ampliação da Internet, com o caos inicial que marca a entrada de novas mídias - especialmente uma descentralizada e onde é possível a prática dos ataques anônimos.
Nesse ambiente, houve o oportunismo de muitos comentaristas de mídia, explorando a intolerância que se manifestava na classe média - acossada, de um lado, pela tributação pesada, de outro, pela ascensão das novas massas consumidoras.
Abriu-se espaço para um modismo repelente, o "politicamente incorreto", que tornou de bom tom zombar das minorias, dos defeitos físicos, da feiura.
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O episódio Murdoch-Oslo deve servir de reflexão não apenas na Inglaterra, mas sobre a comunicação de massa em geral, sobre o respeito às diferenças, sobre os direitos individuais, sobre a responsabilidade na hora de se atacar pessoas ou grupos.
El Pais chamou a esse jornalismo de Murdoch de “cloaca”. Por aqui, tornou-se comum a expressão “jornalismo de esgoto” para definir esse estilo.
Luis Nassif

Ollanta Humala toma posse como presidente do Peru, amanhã (28)

1. Ex-capitão do exército, preso numa tentativa de golpe, integrante do movimento nacionalista-indigenista-socialista, ascendeu como seguidor de Hugo Chávez e, com esse apoio, foi ao segundo turno na eleição de 2006, perdendo por margem estreita para o atual presidente Alan Garcia. Voltou a ser candidato nessa eleição presidencial de 2011, indo ao segundo turno contra a filha de Fujimori. Aliás, tanto Fujimori quanto o irmão de Humala, participante da tentativa de golpe, se encontram presos.
                
2. As primeiras pesquisas sinalizaram a rejeição ao projeto chavista no Peru. Humala contratou uma agência dirigida por Favre, do PT do Brasil, ex-esposo de Marta Suplicy. Favre reconstruiu, na campanha, o perfil de Humala, clonando a campanha de Lula de 2002. Subiu nas pesquisas e foi ao segundo turno, vencendo por estreita margem. No segundo turno, intensificou a ideia que era o Lula do Peru e não Chávez. Ou seja: seria o pai dos pobres com responsabilidade econômica.
                
3. A economia peruana nos últimos 10 anos é a que tem as maiores taxas de crescimento da América Latina, os melhores fundamentos macroeconômicos e a menor inflação. Assim mesmo o presidente Alan Garcia não conseguiu emplacar sua candidata a presidente, que se retirou na metade do primeiro turno. E o ex-presidente Toledo, que é parte deste ciclo expansivo e positivo da economia peruana, sequer foi ao segundo turno, alcançando o quarto lugar. Ficou entendido que a razão de ambos foi a dificuldade de implementar uma politica social agressiva, tipo bolsa-família.
                
4. No segundo turno, Toledo e Vargas Llosa -paradoxalmente- apoiaram Humala, justificando como defesa da democracia pela opção ser a filha do ex-presidente Fujimori, preso. Mas os liberais e conservadores apoiaram Keiko. Prevaleceu a imagem de um novo Humala -no perfil de Lula.
                
5. Mesmo que Humala não traia a imagem reconstruída dele, essa será uma tarefa muito difícil. Sua base de apoio -entre os mais pobres, entre os indígenas, nos setores à esquerda- exigirá que pelo menos as politicas de inclusão social de Lula sejam aplicadas. E aí virá o problema. A economia vai bem, as reservas internacionais alcançam 47 bilhões de dólares, o PIB cresce a taxa de 6% a 7%, a balança comercial, apoiada em produtos minerais, é superavitária em uns 4 bilhões de dólares (34 x 30), a taxa de juros do Banco Central alcança 4,25%, a inflação 2,5%...
                
6. O parlamento pulverizado não lhe dará maioria para aventuras, como um golpe parlamentar tipo Chávez com convocação de uma constituinte para mudar tudo. No Peru não há reeleição e o parlamento não tocará nesse ponto. Portanto, as regras do jogo estão dadas. E o que é natural -até pela escolha dos titulares da economia- será rolar a situação atual.
                
7. Mas virão as pressões de sua base pelas expectativas criadas e pela imagem exagerada de Lula. E aí virá o ponto de estrangulamento, o mesmo de Toledo e Garcia, que impediu a adoção de políticas de inclusão social agressivas. A carga tributária no Peru alcança apenas 17% do PIB. Com essa carga tributária não há como realizar uma politica social expansiva. Durante um tempo se pode usar as reservas internacionais.
                
8. Mas, no momento em que as reservas começarem a cair e Humala tentar criar ou ampliar tributos, se verá de frente a uma enorme dificuldade. Lula não teve essa dificuldade, pois coube a FHC ampliar a carga tributária. Sem flexibilidade fiscal e com as reservas caindo, seu caminho será a inflação para financiar o gasto social. E, daí por diante, já se viu o filme: os fundamentos econômicos são afetados, o crescimento diminui, o desemprego aumenta, a pressão politica cresce, os conflitos parlamentares idem, as expectativas não são atingidas, os ex-presidentes se mostrarão decepcionados, a imprensa será culpada, etc., latinoamercanamente...

Tinha de ser Brizola e Darcysta de coração e ALMA

O Rolex e a futilidade a gente aceita e tolera.

E ainda pergunta que horas são?... Brizola Neto



O projeto Nacional

Convido a todos conhecer ...

Um blog sobre assuntos econômicos, mas que foge da chatice e do palavreado. O desafio: desmistificar as "verdades absolutas" do jornalismo econômico e pensar o Brasil em favor do Brasil e dos brasileiros.

 E já começamos na polêmica. Encaramos este noticiário complicado sobre o plano de investimentos da Petrobras por uma ótica bem simples: quanto investia a "Petrobrax" no último ano do Governo FHC e quanto está destinado à expansão da empresa já no primeiro ano do Governo Dilma. Massacrante.

E a Petrobras está investindo no caminho certo? Vamos direto em cima dos argumentos dos críticos da empresa. E você vai saber quanto os "sabichões" que hoje a criticam pediram pela concessão do campo de Tupi, o maior do pré-sal. Demolidor.

Mas não é só no petróleo que estão de olho, não. A corrida das multis pelo minério brasileiro está à toda, com a certeza de que o Governo vai fechar a porteira para um modelo de exploração onde a gente só fica com o buraco das mineradoras. Preocupante.

 E vamos mostrar que o pólo de eletrônica brasileiro que desafia os chineses é obra da...Dona Luzia, a mulher que viu em Santa Rita do Sapucaí o que nossos governantes e empresários não conseguem enxergar. Comovente.

Pois é, economia não tem que ser chata. E nunca é neutra. Tem lado. E o nosso lado é o do Brasil e o de seu povo.

O Projeto Nacional reúne também os melhores e mais recentes artigos de quem pensa a economia do lado de cá. E com simplicidade.

Porque do lado de lá o pessoal é muito pomposo e pedante, para que a gente não entenda que é nas decisões econômicas que está o "x" da questão. Se o Brasil é nosso ou se vai continuar a ser deles. 



Sou eu...

Aquele que procura
Em busca do nada
Como quem se tortura
E dá voltas na estrada...
... não é alguém que se perdeu.
Aquele sou eu.

Curso de formação de facilitadores


26 e 27 de agosto
Av. Paulista, 2006 – São Paulo 




Público-alvo
• Profissionais que desejam se desenvolver na área de treinamento, condução de cursos e palestras.

Objetivos
• Transformar o participante em um profissional de treinamento;
• Desenvolver o participante nas técnicas de apresentação;
• Orientar o participante na montagem e estruturação de um programa de treinamento;
• Incentivar a flexibilidade e a criatividade.
REALIZAÇÃO 
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