TUCANO NÃO É GENTE

Ele vive nas florestas das Américas Central e do Sul.
No Brasil a tucanada habita a selva asfáltica das grandes metrópoles e se imagina “dona” do País.
O tucano se caracteriza pelo bico grande e oco, como seus discursos e sem sustentatação, como suas práticas.
A hipocrisia retrata o vazio de suas almas – tão ocas quanto seu bico, feito para bicar ferozmente seus adversários.




Os tucanos possuem pés zigodáctilos: dois dedos direcionados para frente (dos quais fazem uso para apontar os erros dos outros) e dois para trás (que concomitantemente, apontam os erros deles próprios).
Nada mais natural: ao apontar com o dedo os erros alheios, há pelo menos três dedos apontando na minha direção, como que a lembrar: “antes que aponte o cisco no olho do teu irmão, tenta te livrar da trave no teu próprio olho”.
Isso é bíblico.

O tucano ainda não é uma espécie em extinção, mas não resistirá a uma outra derrota que se desenha para outubro de 2010.
Por não ser gente na qual se possa confiar, as ações do tucanato denotam constantemente um elevado grau de corrozão ético e moral.
Os tucanos são traídos pela sua própria falsidade e arrogância exacerbada que os levará ao isolacionismo e ostracismo definitivo.
Tucano é um bicho complicado do ponto de vista do erro e da razão, especificamente falando. A ponto de o erro está sistematicamente do lado oposto e a razão sempre do seu lado. Para os tucanos, um tucano haverá de está sempre certo e com a razão.


Em São Paulo, existe um tucano-mor, com deformação congênita, cuja cabeça revela olhos com enormes manchas aparentando olheiras e um ligeiro crescimento das orelhas, além de um inchaço no interior do bico revelando algo que seria uma gengiva humana em dimensões avantajadas.
Esse tucanão é um perseguidor insano, e persegue, sobretudo, os que debandam de seu ninho.
Aliás, essa uma característica da tucanagem.


Quem é de linhagem diferente que não a dela e resolve mudar de ninho ou de galho que igualmente não seja pelo dela, a passarada bicuda logo se empoleira a formalizar denúncias nas instâncias ditas legais.
Episódio recente envolvendo a troca de partidos por senadores, vereadores e outros políticos, revela de maneira inequívoca, a “ética” de mão única dos tucanos.
Assim foi com o senador Flávio Arns que trocou o PT pelo PSDB e o vereador mais votado do Brasil, Gabriel Chalitta que saiu do PSDB tendo ido para o PSB.
Por conveniência, os tucanos ficaram de bico fechado e não questionaram sobre a perda do mandato do senador paranaense caso o PT o requeresse. Coisa que não o fez por medo e covardia.



Entretanto, por intransigência e abominável perseguição, a tucanada quer de volta o mandato de Chalita, demonstando sem nem um constragimento, que para os emplumados bicudos há sempre dois pesos e duas medidas quando o assunto é equivalência e justiça de direitos. Ou coerência pura e simplesmente.
Agora Chalita, ex-secretário de Educação no governo de Geraldo Alckmin, é atacado pelo PSDB na Câmara Municipal de São Paulo.



Enquanto isso, Marina Silva e Flávio Arns, ex-petistas, ainda que ambos estejam a serviço dos tucanos – ela indireta e ele diretamente – são tratados de maneira civilizada e respeitosamente pela bancada petista no Senado e até pelo Presidente da República, que aliás, é uma cara muito gente boa.
Já essa tucanada... francamente.
É preciso ter cuidado.
Tucano não é gente.

CPI para o MST. CPI para a Vale


Brizola Neto


Ontem, o Congresso deu número legal para a instalação da CPI que se propõe a investigar supostos repasses de recursos públicos para o Movimento dos Sem-Terra. Você, leitor, já sabe o que há por detrás disso. Não  que os repasses não devam existir e seu uso deva ser fiscalizado, como o de quaisquer outros.  E os  excessos ou eventuais crimes cometidos por sem-terras, da mesma forma que deveriam ter sido punidos os responsáveis pelo massacre de Eldorado de Carajás, onde 19 trabalhadores rurais foram brutalmente assassinados. Morte de seres humanos que, até agora, dez anos depois, estão impunes, sem que se veja nenhum furor midiático contra isso.

Bom, vou procurar cada um dos signatários desta CPI e perguntar: se o senhor quer zelar para que não haja desvio de dinheiro público de suas finalidades, gostaria de ter sua assinatura para investigarmos para onde está indo o dinheiro público colocado à disposição da Vale. Sou capaz de apostar que, se somarmos todos os recursos de que possam acusar o MST de mau uso, nem chega na sola do chinelo dos créditos do BNDES concedidos à empresa, incrivelmente controlada pelo Bradesco, que só tem 9% do seu capital.

Os nossos amigos da imprensa, sempre tão indignados, perderam o interesse na Vale, depois que o sr. Agnelli disse que vai seguir o que o Governo quer. Ninguém questionou a afirmação que ele fez - um escárnio à inteligência das pessoas - de que suas ligações com o Brtadesco eram “meramente afetivas”, depois de sair direto de 20 anos no bancão e ir direto para a presidência da Vale.

Assim é o “todos são iguais perante a lei” no Brasil. O Sr. Agnelli pode mandar meter não um, mas centenas de tratores abrirem rombos imensos no nosso território, em áreas desapropriadas pelo Estado para que possa haver a mineração. Nada demais.  Um provocador infiltrado ou um insensato derruba - e isso é uma atitude que deve ser punida, sim  - alguns pés de laranja em terra pública, adquirida irregularmente por uma empresa (multinacional) de agronegócio e isso é motivo de comoção nacional.

Nós, deputados, juramos uma Constituição que diz que os brasileiros são iguais. Só o que queremos é que uma empresa que explora concessões públicas milionárias, que tem como maiores acionistas entes ligados ao Estado e sujeitos à fiscalização do Tribunal de Contas e que recebe enormes créditos beneficiados do Estado seja investigada como pretendem investigar o MST.



Casa Civil ganha domínio exclusivo

O imbróglio envolvendo a ministra Dilma Rousseff e a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira levou o governo a criar em setembro um domínio exclusivo para a página virtual da Casa Civil. Antes abrigado no Portal da Presidência da República, o site apresentava problemas de lentidão e entraves operacionais. Repaginado, ganhou um layout moderno e dá mais destaque às ações da ministra Dilma Rousseff, pré-candidata favorita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para disputar a sua sucessão em 2010.

A Secretaria de Comunicação Social (Secom) explica que a reformulação do site foi conduzida em razão da polêmica criada em torno da agenda de encontros de Dilma. O antigo domínio, de acordo com a secretaria, não suportava informações com muito tempo de publicação, como registros do dia do suposto encontro que a ministra teria tido, em outubro do ano passado, com a então secretária Lina Vieira. 

"Foi uma medida de precaução para evitar novos problemas", esclarecem os técnicos da secretaria. Eles antecipam que a página da Casa Civil é um piloto do novo Portal da Presidência da República, ainda sem data de lançamento.

A assessoria de imprensa da Secom ressalta que todos os sites de órgãos ligados à Presidência da República passarão por mudanças no layout e nega que a reforma seja mais um esforço do Palácio do Planalto para turbinar a imagem da ministra Dilma Rousseff rumo às eleições de 2010. O novo site da Casa Civil é http://www.casacivil.gov.br/

Encontro


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A tatuagem do empresário


Um empresário muito rico decidiu fazer uma tatuagem.
Chegando na loja do tatuador, pediu que reproduzisse uma nota de 100 reais no seu pinto.
Espantado o rapaz disse:
- Senhor, uma tatuagem no seu pinto vai ser muito dolorido. O senhor não prefere escolher outro local?

Decidido o homem insistiu.
Curioso o tatuador perguntou:
- Mas, senhor, por que uma nota de 100 reais, e no pinto?
Percebendo o espanto do rapaz, o homem lhe explicou:
- Meu amigo, eu tenho vários motivos:
Primeiro
Sou um empresário e adoro ver dinheiro crescendo.
Segundo
Minha mulher é economista e adora ver dinheiro entrando e saindo.
Terceiro
Minha amante é exploradora e adora ficar sugando o meu dinheiro.
Quarto
Minha secretária é ciumenta e adora saber que meu dinheiro está bem guardado e só ela usufrui dele.

Otmar Liebert

Curva perigosa

Mauricio Dias
Há uma curva no caminho da pré-candidatura do tucano José Serra. Ela talvez seja um dos maiores fatores da imobilização política do governador paulista em relação à eleição presidencial de 2010, que tem levado seus aliados a certo desespero.

A curva mostra o comportamento longitudinal do eleitor em relação às candidaturas de José Serra e Dilma Rousseff.

“Esse comportamento em relação ao governador Serra apresenta uma base de 35% e, ao longo do tempo, sofreu uma variação positiva até o início de 2009. A partir daí, há uma tendência constante de queda”, aponta Marcus Figueiredo, responsável pelo trabalho.

Em junho de 2008, Serra alcançou 38,2% pela Sensus. Chegou a 42,8% no fim de janeiro de 2009 em sondagem de opinião feita pelo mesmo instituto.

A curva similar, em relação à candidatura da ministra Dilma Rousseff, aponta uma tendência sempre crescente.

Ser (candidato) ou não ser (candidato)? Eis a questão de Serra.

Essa curva era, até então, conhecida por poucos. Ela foi mapeada por Figueiredo, um especialista em pesquisas eleitorais. Professor do Iuperj, da Universidade Candido Mendes, no Rio de Janeiro, foi utilizada por ele uma metodologia, usada nos Estados Unidos, chamada 
Poll of Polls (Pesquisa das Pesquisas).

Figueiredo tomou como base o resultado das pesquisas pré-eleitorais que representam a opinião da sociedade em momentos variados. Figueiredo usou dados das pesquisas do Ibope e dos institutos Sensus e Datafolha, realizadas entre fevereiro de 2008 e setembro de 2009. A representatividade das amostras é compatível e o objeto da pergunta é semelhante (“Se a eleição fosse hoje, em quem o senhor votaria?”).

Segundo ele, a ideia de fazer a “pesquisa das pesquisas” tem, exatamente, o objetivo de pegar as diferenças apontadas entre as pesquisas rotineiras, que, como retratos, mostram o presente. A tendência dilui essas diferenças episódicas captadas pelos porcentuais de uma mesma pesquisa ou, eventualmente, de pesquisas de diferentes institutos feitas quase no mesmo momento.

A tendência no tempo longo livra as candidaturas de circunstâncias episódicas.

Serra teme a derrapagem projetada por essa curva. Certamente, o deputado Rodrigo Maia, presidente nacional do DEM, se preocupa muito com ela. Aliado principal do PSDB, Maia não esconde do eleitor suas angústias e tem forçado uma definição rápida. “A oposição está sem discurso, sem candidato. Estamos no pior dos mundos”, lamentou recentemente.

O gráfico da “pesquisa das pesquisas” aponta uma tendência, mas não assegura que a situação seja imutável. Marcus Figueiredo acredita, no entanto, que, “se o governador José Serra continuar escondido”, a tendência da curva continuará declinante e, em breve, poderá ser ultrapassado pela curva ascendente de Dilma Rousseff.