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Frases

Quem ama enche as mãos de flores...

Exala perfume para todos...

E distribui  solidariedade.


Reforma política

Texto mixuruca, sem pé nem cabeça o do sr. Ilimar Franco no O Globo. Leia [abaixo] com atenção:

Os grandes partidos não querem saber do voto em lista. Sustentam que essa mudança só beneficia o PT. Desde 1998, a votação petista à Câmara dos Deputados cresce e, desde 2006, é a maior. O PT partiu de 12,7 milhões de votos em 1998, para 16,8 milhões em 2010. O PMDB caiu de 20,3 milhões, em 1994, para $12,9 milhões em 2010. O PSDB caiu de 18,1 milhões em 1998 para 11,7 milhões em 2010. O DEM afundou de 18,3 milhões em 1998 para 7,4 milhões em 2010. Caíram também as votações do PP, do PDT e do PTB. Muitos petistas já perceberam que os outros partidos não vão facilitar o caminho do PT rumo à hegemonia.

Uai, e desde 98 que votamos em lista?..

Sabia não...

Estádios ...

ou hospitais?

Com 513 deputados, fica impossível acompanhar sistematicamente a atuação de cada um. Na Câmara tem gente boa, que fala com bom-senso e nós  nem percebemos. O noticiário concentra-se nos dirigentes partidários  e naqueles parlamentares de muitos mandatos, nem sempre merecedores das atenções a eles dedicadas. Para compensar a massificação que atinge a maioria, desde 1946 encontrou-se uma solução, mesmo  imperfeita. Afinal, para discursar com densidade e tempo,  os deputados precisam inscrever-se semanas, senão meses  antes. Ainda assim, dependem da boa vontade  dos líderes. Criou-se então,  antes do início das sessões, um período chamado de pinga-fogo, onde cada orador dispõe de apenas três minutos para expor sua opinião sobre qualquer assunto. Basta chegar, dar o nome e falar.

                                                        

Nessas ocasiões, é frequente a exposição de abobrinhas, meros recados regionais ou conceitos incompletos. De vez em quando, porém, surgem surpresas capazes de conduzir o orador à admiração geral.

                                                        

Foi o caso, na semana que passou, precisamente na quinta-feira, do jovem deputado Regufe, eleito pelo Distrito Federal. Em três minutos ele conseguiu resumir a perplexidade que atinge o país inteiro, mas que todos ocultamos matreiramente.

                                                        

Referiu-se ao fato de que em pelo menos dez capitais estaduais estão sendo erigidos ou remodelados monumentais estádios de futebol, visando a realização da Copa do Mundo de 2014. Nada a opor à realização do certame e aos esforços para abrilhantá-lo, não fossem os números. Cada estádio, entre os novos e os recondicionados, custa no mínimo um bilhão de reais. Alguns, até, muito mais. Servirão para que as maiores equipes mundiais se apresentem, concentrando no Brasil as atenções do planeta.

                                                        

O problema, disse Regufe, é que um hospital de porte amplo, num país com tamanho déficit na saúde pública, custa em média 100 milhões de reais. Tivesse a opção  nacional, mais do que a governamental, optado por hospitais em vez de estádios, com os recursos hoje dispendidos seria possível construirmos nada menos do que 100 unidades hospitalares públicas. Imagine-se o que isso representaria para minorar as agruras da maioria da população exposta a filas, atrasos, mau ou nenhum atendimento.

                                                        

Dá o que pensar, a conta apresentada pelo jovem representante do PDT. A FIFA e os barões do futebol iriam estrilar, mas suas exigências valeriam mais do que uma completa reviravolta nas estruturas da saúde pública? Tudo foi dito em três  minutos, mas estamos perdendo três décadas, com a opção pelos estádios. Até porque, os hospitais funcionariam 24 horas por dia e os estádios, no máximo nos fins de semana. 

por Carlos Chagas 

 


Palavras cruzadas

Português Arcaico

A Palavra



A palavra é mais poderosa do que jamais pensamos

Ela faz um bebê sorrir
Ela faz a mãe chorar

A palavra traz aconchego
A palavra traz sossego

A palavra pode criar inimizades
Ela pode aproximar
E afastar

A palavra faz amar e faz odiar
A palavra pode levar à vitória
A palavra pode unir
A palavra pode destruir

A palavra mostra força
A ausência dela, derrostismo

A palavra boa é sinal de liderança
A palavra boa quando repetitiva é sinal de falsidade

A palavra em abundância é chata
A palavra em escassês é temerosa

Ela é a parte mais rica de um discurso
E a mais pobre de uma desculpa

É a mais alegre quando o bebê a pronuncia pela primeira vez
É a mais triste quando é a última antes de partir

Ela as vezes dá prazer
Outras dá dor...

Ainda assim, sem ela somos obscuros aos outros
E ainda assim é nossa principal expressão da alma

Quando a velhice chega

A gente adoece
O cabelo embranquece
O joelho endurece
A vista escurece
A memória esquece
A gengiva aparece
A hemorroida engrandece
A barriga cresce
A pelanca desce
O bilau amolece
O ovo padece
A mulher oferece e a gente agradece.

EUA e o contrato social

 A questão é que todos vivemos em uma sociedade maior e nos beneficiamos por fazer parte dela

Esta semana, o presidente Barack Obama disse o óbvio: que os americanos ricos, muitos dos quais pagam muito pouco em impostos, deveriam arcar com parte do custo da redução do deficit orçamentário de longo prazo. E republicanos como o deputado Paul Ryan responderam com gritos de "guerra de classes!".
Estimativas mostram que, entre 1979 e 2005, a receita (já contabilizada a inflação) das famílias na faixa do meio da distribuição de renda subiu 21%. Enquanto isso, no mesmo período, a receita dos muito ricos subiu 480%.
Os ricos lhe parecem ser vítimas de uma guerra de classes?
Para sermos justos, discute-se até que ponto políticas governamentais foram responsáveis pela espetacular disparidade de aumento de renda. O que sabemos ao certo, no entanto, é que essa política tem consistentemente beneficiado os ricos em oposição à classe média.
Alguns dos aspectos mais importantes desse viés envolveram coisas como o ataque sustentado ao movimento sindical organizado e a desregulamentação financeira, que criou fortunas enormes ao mesmo tempo em que abriu caminho para o desastre econômico. Mas foquemos hoje apenas sobre os impostos.
Uma consequência da cobrança de menos impostos sobre a riqueza e mais sobre o trabalho é a criação de muitas situações em que pessoas com rendas multimilionárias, que normalmente recebem boa parte dessa renda em ganhos de capital e outras fontes que são pouco taxadas, acabam pagando uma parcela total de impostos mais baixa que os trabalhadores de classe média.
De acordo com novas estimativas feitas pelo Centro de Política Tributária, não partidário, um quarto das pessoas com receita superior a US$ 1 milhão por ano pagam imposto de renda e salarial de 12,6% ou menos de sua receita -menos do que a porcentagem paga por muitas pessoas da classe média.
Eu sei como a direita vai responder a esses dados, oferecendo estatísticas enganosas e fazendo afirmações morais dúbias. Por outro lado, temos a alegação de que os ricos têm o direito de ficar com seu dinheiro. A questão é que todos vivemos em uma sociedade maior e nos beneficiamos por fazer parte dela.
Elizabeth Warren, a reformadora financeira que está concorrendo a uma vaga no Senado por Massachusetts, recentemente deu algumas declarações eloquentes que vêm chamando muita atenção, e com razão.
"Não há ninguém neste país que tenha enriquecido sozinho, ninguém", ela declarou, observando que os ricos só podem enriquecer graças ao "contrato social" que garante uma sociedade decente e funcional no qual possam prosperar.
Isso nos traz de volta àqueles gritos de "guerra de classes".
Os republicanos alegam estar profundamente preocupados com o deficit orçamentário. Mas eles insistem que os ricos não sejam chamados a exercer qualquer papel na defesa do país contra essa ameaça existencial.
Isso equivale a exigir que algumas poucas pessoas de muita sorte sejam isentas do contrato social que se aplica a todo o resto.
E isso, caso você esteja se perguntando, é exatamente a cara que tem a guerra de classes real.

Tradução de CLARA ALLAIN