Um blog comum, igual a todos, diferente de cada um
Blog do Charles Bakalarczyk: Incivilidades servidas no almoço pela mídia desreg...
As três árvores
que sonhavam o que seriam depois de grandes.
A primeira olhando as estrelas disse:
- Eu quero ser o baú mais precioso do mundo,
cheio de tesouros.
A segunda, olhando o riacho suspirou:
- Eu quero ser um navio grande para
transportar reis e rainhas.
A terceira, olhou o vale e disse:
- Quero ficar aqui no alto da montanha e
crescer tanto que as pessoas ao olharem para
mim levantem os olhos e pensem em Deus.
Muitos anos se passaram e, certo dia, três
lenhadores cortaram as árvores que estavam
ansiosas em ser transformadas naquilo que
sonhavam. Mas os lenhadores não costumavam
ouvir ou entender de sonhos... Que pena...
A primeira árvore acabou sendo
transformada em um cocho de animais coberto
de feno.
A segunda virou um simples barco de pesca,
carregando pessoas e peixes todos os dias.
A terceira foi cortada em grossas vigas e
colocada de lado num depósito.
Então, desiludidas e tristes, as três
perguntaram:
- Por que isso?
Entretanto, numa bela noite, cheia de luz e
estrelas, uma jovem mulher colocou seu bebê
recém-nascido naquele cocho de animais e, de
repente, a primeira árvore percebeu que
continha o maior tesouro do mundo.
A segunda árvore estava transportando um
homem que acabou por dormir no barco em que
se transformara. E quando a tempestade quase
afundou o barco, o homem levantou-se e
disse:
- Paz!
E num relance, a segunda árvore entendeu que
estava transportando o rei do céu e da
terra.
Tempos mais tarde, numa sexta feira, a
terceira árvore espantou-se quando suas
vigas foram unidas em forma de cruz e um
homem foi pregado nela. Logo sentiu-se
horrível e cruel.
Mas logo no domingo seguinte, o mundo vibrou
de alegria. E a terceira árvore percebeu que
nela havia sido pregado um homem para a
salvação da humanidade, e que as pessoas
sempre se lembrariam de Deus e de seu filho
ao olharem para ela.
As árvores haviam tido sonhos e desejos,
mas, sua realização foi mil vezes maior do
que haviam imaginado.
Portanto, não esqueça:
"Não importa o tamanho do seu sonho.
Acreditando nele, sua vida ficará mais
bonita e muito melhor para ser vivida
Blog do Charles Bakalarczyk: A ausência de Lula e a noite de São Bartolomeu
A presidenta Dilma Rousseff divulgou hoje (29) nota à imprensa em que deseja a “rápida recuperação do presidente Lula”
Leia abaixo a nota oficial.
Em meu nome e de todos os integrantes do governo, junto-me neste momento ao carinho e à torcida de todo o povo brasileiro pela rápida recuperação do presidente Lula.
Graças aos exames preventivos, a descoberta do tumor foi feita em estágio que permite seu tratamento e cura. Como todos sabem, passei pelo mesmo tipo de tratamento, com a competente equipe médica do Hospital Sírio Libanês, que me levou à recuperação total. Tenho certeza de que acontecerá o mesmo com o presidente Lula.
O presidente Lula é um líder, um símbolo e um exemplo para todos nós. Tenho certeza de que, com sua força, determinação e capacidade de superação de adversidades de todo o tipo, vai vencer mais esse desafio. Contará também, para isso, com o apoio e a força de D.Mariza.
Como Presidenta da República e ex-ministra do presidente Lula, mas, sobretudo, como sua amiga, companheira, irmã e admiradora, estarei a seu lado com meu apoio e amizade para acompanhar a superação de mais esse obstáculo.
Dilma RousseffPresidenta da República Federativa do Brasil
Um Brasil sem Lula, como seria?
Agora que as notícias dão conta da boa perspectiva de restabelecimento do Lula, é curioso debruçar sobre as análises apressadas sobre uma era pós-Lula.
Aliás, chocante a maneira como algumas comentaristas celebraram a doença de Lula. Até nos ambientes mais selvagens - das guerras, por exemplo - há a ética do guerreiro, de embainhar as armas quando vê o inimigo caído, por doença, tragédia ou mesmo na derrota. Por aqui, não: é selvageria em estado puro.
A analista-torcedora supos que, com a doença de Lula, haveria uma mudança radical no quadro político. Sem voz, Lula seria como um Sansão sem cabelos. Sem Lula, não haveria Fernando Haddad. Sem contar os diagnósticos médico-políticos, de que Lula foi castigado por sua vida desregrada. Zerado o jogo político, concluiu triunfante.
Num de seus discursos mais conhecidos, Lula bradava para a multidão: "Se cortarem um braço meu, vocês serão meu braço; se calarem a minha voz, vocês serão minha voz...".
Qualquer tragédia com Lula o alçaria à condição de semideus, como foi com Vargas. O suicídio de Vargas pavimentou por dez anos as eleições de seus seguidores. É só imaginar o que seriam os comícios com a reprodução dos discursos de Lula. Haveria comoção geral.
A falta de Lula seria visível em outra ponta: é ele quem segura a peteca da radicalização. Quem seguraria suas hostes, em caso da sua falta? Seu grande feito político foi promover um pacto que envolveu os mais diversos setores do país, dos movimentos sociais e sindicais aos grandes grupos empresariais. E em nenhum momento ter cedido a esbirros autoritários, a represálias contra seus adversários - a não ser no campo do voto -, mesmo sofrendo ataques implacáveis.
Ouvindo os analistas radicais, lembrando-se da campanha passada, como seria o país caso Serra tivesse sido eleito? É um bom exercício. Não sobraria inteiro um adversário. Na fase Lula, há dois poderes se contrapondo: o do Estado e o da mídia e um presidente que nunca exorbitou de suas funções. No caso de Serra, haveria a junção desses dois poderes, em mãos absolutamente raivosas, vingativas.
Ao fechar todos os canais de participação, Serra sentaria em cima de uma panela de pressão. Sem canais de expressão, muitos dos adversários ganhariam as ruas. Sem a mediação de Lula, não haveria como não resultar em confrontos. Seria uma longa noite de São Bartolomeu.
Essa teria sido a grande tragédia nacional, que provavelmente comprometeria 27 anos de luta pela consolidação democrática.
por Luis Nassif