H menor Urgente

Na quarta-feira passada que passou, o ex-diretor da Gaspetro nomeado por FHC e demitido por Dilma, bateu ponto na CPI da Petrobras, entrou mudo e saiu calado. Mas com o bolso cheio de empresários - isso o pig não diz -. A GAFE - Globo, Abril, Folha, Estadão - só dão manchete com nome de políticos, dos empreiteiros e demais ladrões do erário público é um silêncio ensurdecedor, por que será?


Princípio filosófico do fundamentalismo criacionista

- que nem mesmo a Blabla não tem a menor ideia do que seja isso -

"Mais valem um Bournhausen e um Heráclito na mão que dois Lulas voando", Bessinha


Paulo Coelho: diálogo com o Mestre III

O mistério

- O que estamos fazendo nesta Terra?

- Sinceramente? Não sei. Já procurei em muitos cantos, em lugares iluminados e escuros; hoje estou convencido que ninguém sabe - apenas Deus.

- Não é uma boa resposta, para um mestre.

- É uma resposta honesta. Conheço muita gente que irá explicar-lhe em detalhes a razão da existência. Não acredite, são pessoas ainda presas à antiga linguagem, e só acreditam nas coisas que têm explicação.

- Quer dizer que não há uma razão para viver?

- Você não entendeu o que estou dizendo. Eu disse que não sei a razão. Mas claro que existe um motivo para estar aqui, e Deus o conhece.

- Por que não nos revela?

- Revela a cada um de nós, mas numa linguagem que às vezes não aceitamos, porque ela não é lógica - e estamos por demais acostumados a receitas e fórmulas.

"O nosso coração sabe por que estamos aqui. Quem escutar o coração, seguir os sinais, e viver sua Lenda Pessoal, vai entender que está participando de algo, mesmo que não compreenda racionalmente. Diz a tradição que, no segundo antes da nossa morte, a gente se dá conta da verdadeira razão da existência. E neste momento, nasce o Inferno e o Paraíso.

- Não entendi.

- O Inferno é, nesta fração de segundo, olhar para trás e saber que desperdiçamos uma oportunidade de honrar a Deus e dignificar o milagre da vida. O Paraíso é poder dizer, neste momento: "Cometi alguns erros, mas não fui covarde: vivi minha vida, e fiz o que devia fazer". Tanto o Inferno como o Paraíso irão nos acompanhar por muito tempo, mas não para sempre.

- Como posso saber se estou vivendo minha vida?

- Porque, ao invés de amargura, você sente entusiasmo. Essa é a única diferença. De resto, há que respeitar o Mistério, e aceitar - com humildade - que Deus tem um plano para nós. Um plano generoso, que nos conduz em direção à Sua presença, e que justifica estes milhões de estrelas, planetas, buracos negros, etc. Que estamos vendo nesta noite, aqui em Oslo (estávamos na Noruega).

- É muito difícil viver sem uma explicação.

- Você pode explicar porque o homem necessita de dar e receber amor? Não. E você vive com isso, não vive? Não apenas você vive com isso, como é a coisa mais importante da vida: o amor. E não existe explicação nenhuma.

"Da mesma forma, tampouco há explicação para a vida. Mas existe uma razão para estarmos aqui, e você precisa ser humilde o suficiente para aceitar isso. Confie em minhas palavras; a vida de cada um dos seres humanos tem um sentido, embora ele cometa o erro de passar grande parte do seu tempo na terra buscando uma resposta, enquanto se esquece de viver.

"Posso lhe dar um exemplo de uma época em que cheguei perto de entender tudo isso. Eu tinha comparecido à festa de comemoração dos 50 anos da minha formatura do ginásio. Ali, na escola onde estudei enquanto adolescente, encontrei muitos amigos. Bebemos, fizemos as mesmas piadas de meio século atrás.

Em um dado momento, olhei para o pátio da escola. Então, me vi criança, brincando com eles, olhando a vida com surpresa e intensidade. De repente, aquela criança que eu fui pareceu ganhar forma e se aproximou de mim".

"Me olhou nos olhos, e sorriu. Então, eu entendi que não havia traído os meus sonhos de infância. Que a criança que tinha sido um dia, ainda estava orgulhosa de mim. Que a mesma razão que eu tinha para viver quando criança, continuava viva em meu coração".

"Procure viver com a mesma intensidade de uma criança. Ela não pede explicações; mergulha em cada dia como se fosse uma aventura diferente e, de noite, dorme cansada e feliz".


A razão do desencontro, por A. Capibaribe Neto



Cheguei cedo ao lugar de costume para dividir boas taças de vinho com amigos e fiquei olhando em volta. À minha frente, quase na penumbra, estava um homem a consultar, ora o relógio, ora o celular. Diante dele, dois pratos, duas taças. Uma estava vazia e a dele pela metade, devido ao bebericar sem graça pela espera ansiosa de quem não chegava. Olhava o relógio, conferia o celular e não tirava os olhos da porta de entrada. Meus amigos chegaram depois de quase meia hora e logo estávamos degustando um Pinot Noir acessível e de boa safra. O homem continuava no ritual angustiante da espera e a garrafa diante dele já estava pela metade. Existe uma certa tristeza naqueles que tomam café da manhã, almoçam ou jantam sozinhos em mesa de restaurante de hotel, mas a tristeza de alguém diante de uma garrafa de vinho e uma taça à espera de uma companhia para um brinde tem tristeza maior. Já estávamos na segunda garrafa e o homem sozinho agora apoiava o queixo em uma das mãos enquanto o dedo indicador da outra contornava a borda da taça meio vazia fazendo um barulho irritante como um grito estridente intermitente. Quando do som ambiente veio uma música romântica ele respirou fundo, bebeu mais gole solitário. Voltei a prestar atenção na conversa descompromissada dos amigos. De onde estava, podia ver o semblante do homem, antes carregado de ansiedade, agora estava rendido à tristeza de uma quase certeza de que a outra taça à sua frente permaneceria vazia e naquela noite ele seguramente não brindaria com ninguém. Por um momento, ele quase se levanta por conta de uma mulher que assomara á porta, mas logo sentou-se quando a mulher que acabava de entrar estava acompanhada. Quando esperamos por alguém e essa espera fica comprida demais, a imagem que carregamos junto com a espera faz com que comecemos a ver em outras pessoas o rosto que nunca chega. Na garrafa de vinho do homem não estava apenas a verdade que dizem estar no vinho, estava também uma certeza de que a ausência sentida se confirmava, a cada gole bebido sozinho que uma promessa feita não seria cumprida. A verdade que estava no vinho do homem sozinho estava diante da mentira que ocupava o vazio da outra taça, cheia de mudas interpelações diante dele. Os minutos das horas lerdas que não passavam eram como açoites invisíveis a castigar sem pena seu coração dentro do peito angustiado. Para nós, festejando apenas a alegria de mais uma mesa de vinhos o tempo era generoso a passar no seu ritmo comum. Vi quando o homem pediu a conta ao garçom e pediu e que lhe chamasse um taxi. Dez minutos depois que ele foi embora deixando uma taça vazia, uma garrafa com algum vinho por beber e uma taça largada pelo meio sobre a mesa, vi quando uma mulher parecida com a que o homem achou que fosse ela chegou apressada e dirigiu-se ao mesmo garçom. Deu para escutar a resposta "se é quem estou pensando acabou de sair não tem dez minutos..." Ao que ela respondeu como uma desabafo: "ai, meu Deus... Fui assaltada, levaram minha bolsa, documentos, celular..." E saiu do lugar quase correndo em direção à porta. Bebi as duas últimas taças da noitada com a alegria comprometida e não comentei nada. Não pela contumácia dessa violência sem jeito que nos faz parecer indiferente, mas pela sensação de não saber como ajudar, a não ser que ela encontrasse o homem que bebeu sozinho e foi embora triste, sem saber que dentro da taça vazia agora tinha uma certeza de que a mulher estivera ali para o desencontro...




Mais que um médico, um Cidadão


E numa clínica particular um diretor apresenta outro conceituado Dr. a uma turma de alunos de medicina:

- Senhores, esse é o único médico brasileiro - que eu conheço -, que vota em Dilma Roussef, disse com um risinho debochado. Foi uma gargalhada geral. O médico apresentado pede a palavra e pergunta:

- Por favor, os que se beneficiam do Fies poderiam erguer o braço? Noventa por cento da turma ergueu os braços. E o médico eleitor do PT, completou:

- É por isso que é voto na Dilma!




Pnad reafirma a trajetória de queda das desigualdades

Novos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) reafirmam a trajetória de queda das desigualdades e mantêm as principais tendências verificadas nesta década. A correção da análise de dados e microdados, anunciada na sexta-feira (19) pelo governo federal, mostrou, entre outros reparos, a queda nas desigualdades sociais do país, medida pelo índice de Gini, e na desigualdade de renda proveniente do trabalho. Os novos números reforçam que a renda do brasileiro tem aumentado com velocidade crescente, nos últimos anos.
Entre 2011 e 2013, um brasileiro levaria 12,8 anos para ver sua renda mensal dobrar de valor. Se levado em consideração o período iniciado em 1993, esse mesmo cidadão levaria 23,6 anos para ver sua renda dobrar, apontam os dados revisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).




Os ministros Miriam Belchior, Tereza Campello, Henrique Paim e Marcelo Néri, durante coletiva sobre a correção dos dados da Pnad. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom /Agência Brasil
O ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Marcelo Néri, observou que, apesar de ainda não haver números consolidados, 2014 deverá marcar a maior queda na desigualdade nos últimos dez anos.
Ele citou , como exemplo dessa tendência, o índice que aponta queda nas diferenças de renda familiar per capita. Segundo ele, o índice foi de 0,527 em 2011 para 0,524 em 2012 e 0,522 em 2013. Quanto mais próximo de 1 mais desigual e, portanto, a diminuição do índice é um resultado positivo para o país.
Néri ainda ressaltou que o rendimento dos brasileiros cresceu, em média, 5,5% por ano entre 2011 e 2013, e que a desigualdade também atingiu, no ano passado, seu menor nível histórico em outras dimensões, como nos rendimentos do trabalho e nos rendimentos pessoais de todas as fontes.
Apesar de o percentual de pessoas que ganham até um salário mínimo ter ficado em 25,2% da população ocupada em 2013, e não 24,8%, a desigualdade diminuiu porque a taxa dos que ganham de cinco a 20 salários mínimos passou de 7,6% para 7,3% entre as duas análises e os que recebem mais de 20 salários mínimos permaneceu em 0,7%.
Já o rendimento mensal do trabalho variou menos do que o estimado: 3,8%, e não 5,7%, com isso, o valor do rendimento médio mensal ficou em R$ 1.651, e não R$ 1.681. "O mundo está em crise e o Brasil continua aumentando a renda por dois anos consecutivos", afirmou a ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello.
No caso do desemprego, a taxa de 6,5% em 2013 não foi alterada pela correção dos dados da Pnad, mantendo-se em patamar baixo quando comparado a diversos países que enfrentam problema de desemprego.
A taxa de desocupação permanece a mesma, de 6,3% da população, mas o contingente de pessoas é 6,637 milhões, e não 6,693 milhões. O nível de ocupação total ficou em 61,8% da população, no lugar de 61,2%. O trabalho infantil caiu 10,6%, e não 12,3% divulgado.
Educação
Ainda de acordo com os dados revisados, a taxa de analfabetismo em 2012 era 8,7% da população e caiu para 8,5%. O dado divulgado anteriormente foi 8,3%. "Na faixa de 15-29 anos, fechamos a torneira o analfabetismo. Mantiveram trajetória de melhoria em todos os indicadores. As oportunidades estão sendo geradas pelo governo e refletem nos dados, principalmente, de quem está fazendo curso técnico", afirmou o ministro da Educação, Henrique Paim.
Após a correção dos dados, permaneceu a tendência de aumento de escolarização das crianças. Um favor de destaque foi o forte avanço à pré-escola, cuja taxa de acesso foi corrigida de 81,2% para 81,4%, a maior da série histórica, garantindo a entrada mais cedo de um maior número de crianças na educação formal, fundamental para novas quedas futuras das desigualdades. "Com os novos dados, percebemos um bom caminho a ser seguido na educação, proporcionando assim uma melhor qualidade de vida às pessoas com o passar dos anos", ressaltou Paim.
Veja apresentação com os dados revisados da Pnad
Investigação
De acordo com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, uma comissão, constituída por representantes dos ministérios do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG)Justiça e Casa Civil, além da Controladoria-Geral da União (CGU), avaliará a consistência dos dados da pesquisa. A comissão terá 30 dias para analisar os fatos e a responsabilidade funcional. Miriam Belchior destacou a rapidez com que o IBGE corrigiu os dados. "Isso não apaga o erro, que é gravíssimo, mas colocou à disposição da sociedade de forma transparente o mais rápido possível, as informações corrigidas."
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, houve um erro técnico que superestimou a população das regiões metropolitanas do País, o que influenciou em outros dados, como o índice de Gini, e provocou alterações nos resultados do Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Os dados revisados já estão na página do IBGE.
Fonte: Portal Brasil com informações do IBGE, Ministério do Planejamento e EBC.



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