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Foto de Izaura Maria Novaes Darioli Vita.

STF decide, condenados podem ser presos após sentença em 2ª instância





Brasília - O STF - Supremo Tribunal Federal -, (re)decidiu hoje quarta-feira (17/02) que, condenados sejam presos assim que tiverem a sentença confirmada pela segunda instância. Até hoje, a regra era prender uma pessoa apenas depois do trânsito em julgado — ou seja, quando terminarem todas as possibilidades de recorrer da decisão. Agora, uma pessoa condenada em primeira instância, se recorrer à segunda instância e tiver a sentença mantida, poderá ser presa imediatamente para o cumprimento da pena. O detento manterá o direito a apresentar recurso à sentença, mas atrás das grades.



A regra era essa até 2009, quando o STF, no julgamento de um processo, mudou a jurisprudência. Na ocasião, o tribunal determinou a necessidade de trânsito em julgado como condição para o início da execução penal. O julgamento desta quarta-feira resultou em nova reviravolta da jurisprudência, que volta a ser o entendimento da corte até 2009.



- O mais corrupto, ineficiente e privilégiado poder da República tá igual a couro de pica, pra frente e pra trás.

Asa Branca

Quando olhei a terra ardendo
Qual fogueira de São João
Eu perguntei, ai
Meu Deus do céu, ai
Por que tamanha
Judiação

Que braseiro,
Que fornalha,
Nenhum pé de plantação
Por falta d'água
Perdi meu gado
Morreu de sede
Meu alazão

Até mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Então eu disse:
Adeus, Rozinha
Guarda contigo
Meu coração

E hoje longe muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva
Cair de novo
Pra eu voltar
Pro meu sertão

Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na plantação
Eu te asseguro
Não chores não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração

Eu te asseguro
Eu te asseguro
Meu coração
Eu te asseguro
Eu voltarei
Pro meu sertão

Luiz Gonzaga/Humberto Teixeira



Briguilinks

Dilma vence e elege Leonardo Picciani líder do PMDB


Com 37 votos Leonardo Picciani (Pmdb-RJ) foi reeleito líder do partido na Câmara Federal. Hugo Mota (Pmdb-PB) teve 30 votos.

A vitória de Picciani significa uma grande vitória política da presidente Dilma Rousseff e do Ministro da Casa-Civil, Jaques Wagner.

O grande derrotado na disputa foi Eduardo Cunha, presidente da Câmara.




Há 40 anos "Alucinação" trouxe ao mundo a maravilhosa poesia de Belchior
Era muito raro para nossos ouvidos nos anos 70 um cantor cearense exibindo sem nenhum pudor o seu forte sotaque nordestino. Para um moleque roqueiro como eu, que naquela época só tinha conhecimento de tal característica de canto por intermédio do pernambucano Luiz Gonzaga, foi um choque ouvir no início de 1976 a primeira faixa de um álbum comprado por amigo que morava na mesma rua em que eu vivia, lá na Vila Gumercindo, em São Paulo.
Assim como fazíamos sempre que alguém de nossa turma comprava um disco, ele nos chamou até a sua casa e botou para tocar o álbumAlucinação, de um tal de Belchior. A voz não era grave, mas não tinha o brilho de quem era considerado “grande cantor” naqueles tempos. Só que a força de Belchior estava na maneira como ele sentia aquilo que estava cantando e no poder poético quase sobrenatural de cada uma de suas letras.
Fiquei boquiaberto ao perceber que logo de cara uma ficha havia caído em minha cabeça quando terminei de ouvir “Apenas um Rapaz Latino-Americano”. Sim, de certa forma, era eu quem estava dentro da canção, mesmo que não de forma literal. Também saquei o quão dilacerante eram os versos de pequenas pérolas em forma de canções como “Como Nossos Pais”, “Velha Roupa Colorida”, “A Palo Seco” e “Fotografia 3×4”. E não consegui esconder o meu fascínio pelas letras “Sujeito de Sorte” e “Como o Diabo Gosta”. De repente, saquei que o mundo era mais complicado e complexo do que eu imaginava. Leia mais>>>

Música

Há 40 anos "Alucinação" trouxe ao mundo a maravilhosa poesia de Belchior
Era muito raro para nossos ouvidos nos anos 70 um cantor cearense exibindo sem nenhum pudor o seu forte sotaque nordestino. Para um moleque roqueiro como eu, que naquela época só tinha conhecimento de tal característica de canto por intermédio do pernambucano Luiz Gonzaga, foi um choque ouvir no início de 1976 a primeira faixa de um álbum comprado por amigo que morava na mesma rua em que eu vivia, lá na Vila Gumercindo, em São Paulo.
Assim como fazíamos sempre que alguém de nossa turma comprava um disco, ele nos chamou até a sua casa e botou para tocar o álbumAlucinação, de um tal de Belchior. A voz não era grave, mas não tinha o brilho de quem era considerado “grande cantor” naqueles tempos. Só que a força de Belchior estava na maneira como ele sentia aquilo que estava cantando e no poder poético quase sobrenatural de cada uma de suas letras.
Fiquei boquiaberto ao perceber que logo de cara uma ficha havia caído em minha cabeça quando terminei de ouvir “Apenas um Rapaz Latino-Americano”. Sim, de certa forma, era eu quem estava dentro da canção, mesmo que não de forma literal. Também saquei o quão dilacerante eram os versos de pequenas pérolas em forma de canções como “Como Nossos Pais”, “Velha Roupa Colorida”, “A Palo Seco” e “Fotografia 3×4”. E não consegui esconder o meu fascínio pelas letras “Sujeito de Sorte” e “Como o Diabo Gosta”. De repente, saquei que o mundo era mais complicado e complexo do que eu imaginava.
Sem jamais abrandar o discurso social escondido por trás de metáforas espertíssimas, Belchior desfilava pelo álbum suas incertezas, os conflitos de sua alma atormentada pela censura oficial, pelo desprezo endereçado à sua cidadania e pelas agruras emocionais que todos vivíamos, independente de nossa classe social.
O discurso era tão certeiro que atingiu em cheio até mesmo moleques cabeludos e espinhentos como nós, para quem o mundo musical se resumia a guitarras distorcidas e baterias descabeladamente alucinadas. De uma para a outra, a poesia e a interpretação de Belchior nos deu uma visão diferente de nosso cotidiano, muito além dos Led Zeppelins e Deep Purples da vida.
Quatro décadas depois, reouvindo este álbum enquanto escrevo este texto, sinto a mesma sensação avassaladora que me atingiu naquela mesma sala junto com meus amigos. Onde quer que eles estejam, torço para que sintam o mesmo ao ouvir este disco brilhante…