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Moro o desqualificado agora faz declarações descabidas

A defesa do ex-presidente Lula divulgou nota neste sábado, em que rebate a afirmação do juiz Sergio Moro, que disse que já poderia ter prendido o ex-presidente Lula, se assim o desejasse (leia aqui). "Essa afirmação é manifestamente descabida e apenas reforça que o juiz Moro perdeu a imparcialidade para julgar qualquer assunto envolvendo Lula, como vem sendo reiterado pelos seus advogados", diz o texto assinado pelos advogados Cristiano Martins e Roberto Teixeira. Eles lembram que um juiz só pode decretar prisão se houver pedido do Ministério Público – o que não ocorreu no caso de Lula.

Leia, abaixo, a íntegra da nota:

O juiz Sergio Moro afirmou ontem (22/07/2016) - e foi repercutido pela imprensa – que o teor dos diálogos interceptados dos ramais do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva "por si só poderia justificar, por ocasião da busca e apreensão, a prisão temporária dele, tendo sido optado, porém, pela medida menos gravosa da condução coercitiva".

Essa afirmação é manifestamente descabida e apenas reforça que o juiz Moro perdeu a imparcialidade para julgar qualquer assunto envolvendo Lula, como vem sendo reiterado pelos seus advogados.

O fato é que Moro deixou de observar que:

(a) a lei apenas permite ao juiz decretar a prisão temporária se houver pedido do órgão policial ou do Ministério Público (Lei nº 7.960/1989, art. 2º), o que não existiu em relação a Lula;

(b) no dia 24/02/2016 o MPF requereu a condução coercitiva do ex-Presidente Lula, sem abrir a opção de prisão temporária — até porque ausentes os requisitos legais (Lei nº 7.960/1989, art. 1º) —, como no trecho abaixo:


Lula não se opõe a qualquer investigação, mas tem o direito de ver observadas suas garantias constitucionais e aquelas previstas em Tratados Internacionais que o Brasil se obrigou a cumprir.

Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira

Minha paixão por Lula, por Rui Daher

Não tenho como esconder. Sempre admirei o pernambucano Lula. Desde o primeiro momento em que o vi em ação passei a acreditar nele. Sabia aonde ele poderia chegar. Corajoso, ágil, veloz, driblador quando preciso, recuado quando a estratégia pedia.

Poucas vezes abandonava o lado esquerdo, mas sabia infiltrar-se pelo centro. Quase voava em diagonal quando percebia a direita muito congestionada, aquela marcação cerrada. Era quando antevia o espaço e o caminho a seguir.

Apesar do jogo de cintura, foi muitas vezes derrubado. Talvez, até por isso os adversários nunca o pouparam. Solada, rasteira, pé no peito. Contra ele, tudo valia. Poucas foram as interferências em seu favor. Nem de quem ali estava para mediar o embate nem daqueles que o avaliavam. Sempre recebeu mais críticas do que elogios, embora suas performances cada vez mais perfeitas.

Não que Lula tenho sido o único pernambucano de minha paixão. Embora paraibano, sempre fiz de conta que Ariano Suassuna nascera no Recife e não em João Pessoa. Creio que ele também assim se considerava. João Cabral, ah este sim, recifense da rua da Jaqueira. Nossa, tantos leões do Norte: Nabuco, Bandeira, Nelson, Josué. Capiba, Gonzaga, Alceu, Dominguinhos, Chico Science. Chacrinha.

Permito-me uma obviedade, esta gastronômica. Os saborosos moluscos. Em longínqua data, jovem, solteiro ainda, amigo me convenceu de comê-los crus depois de mergulhados em cachaça. Regrados e pacientes, contávamos o tempo de "cozimento". Exatos cinco minutos. Foi em Ilhabela. Nunca mais repeti a façanha.

Amo e amei a todos esses pernambucanos e a muitos outros, os que se foram e os que ainda passeiam por aqui. Mas a nenhum deles dedico a paixão que senti por Lula.

Só que ele sumiu. Onde anda? Teria ido para as Arábias? Rebelde, como quando brigou com um juiz, estaria preso? Não acredito. Sempre foi safo, macunaímico na esquerda, fulminante no centro. Não se entregaria a não ser com um para-belo na mão, como fez Corisco e sua Dadá diante de Antônio das Mortes.

Pois é, meus irmãos, apesar de flamenguista e ter visto Canhoteiro jogar pelo São Paulo, Lula, o Luís Ribeiro Pinto Neto, nascido em 1946, na cidade de Arco Verde, revelado pelo Ferroviário de Natal, brilhou ao ponto de minha paixão, como ponta-esquerda do Fluminense, entre 1965 e 1973.

Estávamos em plena ditadura militar, repressão brava, mas o cara fazia o diabo. Fez 100 gols num tempo em que se jogava futebol e o tricolor carioca tinha Félix, Assis, Altair, Marco Antônio, Denílson, Cafunga, Flávio. E o insuperável Lula.

Em 1971, logo após a conquista do tri pelo Brasil, o Botafogo mandava no futebol do Rio de Janeiro. No elenco Carlos Alberto Torres, Brito, Paulo Henrique, Careca, Paulo Cesar Lima. Uma seleção.

Domingo, 27 de junho, 143 mil pagantes foram ao Maracanã para ver o Botafogo se sagrar campeão. Pule de dez. Não viram. Lula, aos 43 minutos do 2º tempo, fez um a zero para o tricolor. Ninguém esqueceu, este era o Brasil de Lula, um ponta aberto, rápido, driblador, ágil, veloz, como pedia aquele personagem de Jô Soares: "Bota um ponta, Telê"!

Pois é.

Impeachment: a lei ainda vale alguma coisa no Brasil?

247 – O diretor do Centro de Pesquisa Econômica e Política em Washington, Mark Weisbrot, publicou um artigo no portal norte-americano Huffington Postem que destaca que o Ministério Público não encontrou crime cometido pela presidente Dilma Rousseff e coloca uma pergunta: "A lei vai contar para alguma coisa no Brasil?".

Weisbrot, que recentemente acusou os Estados Unidos de apoiarem o golpe contra Dilma, vê "muitas semelhanças" entre o episódio da presidente do Brasil e o processo de impeachment sofrido pelo ex-presidente norte-americano Bill Clinton, que acabou sendo rejeitado no Congresso dos Estados Unidos.

"É movido por um grupo de políticos que querem mudar o resultado das eleições nacionais e orientar o país em uma orientação diferente, de direita", compara o americano. "Mais importante, falta um crime; os inimigos de Bill Clinton poderiam ao menos vir para cima com os alegados crimes de perjúrio e obstrução da Justiça, mas os articuladores do impeachment de Dilma não têm nem tal violação criminal para alegar", diz.

"Falta, é claro, o escândalo sexual", lembra ele. "E as acusações são tão fracas que a maioria das pessoas nem sequer sabe contra o que a presidente está sendo acusada, e não é assim tão fácil de descobrir", ironiza, detalhando a decisão do procurador federal Ivan Claudio Marx, que concluiu que não houve crime cometido por Dilma Rousseff.

O colunista faz um duro ataque à imprensa brasileira: "Mas relatos da imprensa – na medida em que sequer se preocupou em informar sobre a conclusão do procurador – parecem indicar que as forças pró-impeachment estão agindo como se a lei, e a declaração do promotor, são irrelevantes".

Weisbrot afirma que os adversários de Dilma "estão pressionando a todo vapor o Senado para reverter os resultados das eleições presidenciais de outubro de 2014" e líderes políticos, como ficou comprovado em gravações telefônicas, "estão fazendo isso para evitar uma investigação mais aprofundada de sua própria suposta corrupção".

"Eles podem se livrar dessa? Muito depende de se a mídia – e o público – agora vai aceitar que um grupo de políticos corruptos pode remover um presidente democraticamente eleito, sem qualquer base legal para fazê-lo", conclui.

Alex Solnik - em "delação premiada" João Santana não delata ninguém

Recebi, agora há pouco, a íntegra do que João Santana disse a Sérgio Moro, em Curitiba, depoimento que foi denominado "delação premiada" pela grande imprensa, no qual ele não delata ninguém.

E merece um prêmio por manter a lucidez e o talento que sempre teve, ao dizer que "o marketing eleitoral não cria corrupção, não corrompe e não cobra propina". "98% das campanhas políticas no Brasil utilizam caixa 2", diz ele.

"Se todos que já foram remunerados com caixa 2 no Brasil fossem tratados com o mesmo rigor que eu, era para estar aqui, atrás de mim, uma fila de pessoas que chegaria a Brasília". "Somos os únicos presos, neste país, por caixa 2", afirma.

Em nenhum momento ele delata Dilma, Lula, PT ou alguma pessoa.

Eis a íntegra do seu depoimento:

"Nos últimos meses, eu vi destruídos, um trabalho e uma imagem pessoal que construí, com muito esforço, ao longo de mais de 20 anos. Eu entendo porque isso aconteceu. Primeiro porque escolhi uma profissão fascinante, mas cheia de riscos e incompreensões. Segundo porque me transformei em um profissional de destaque nacional e internacional. Terceiro porque meu trabalho esteve ligado, nos últimos anos, a um grupo político que está hoje sob severo questionamento. O que eu não entendo e não me conformo é com o fato de eu e minha mulher estarmos sendo acusados, injustamente, de corrupção, formação de organização criminosa e de lavagem de dinheiro. De estarmos sendo tratados como criminosos perigosos. E de estarmos servindo, involuntariamente, aos interesses dos que sempre tentaram ligar o marketing político a atividades obscuras e antiéticas.

O marketing eleitoral não cria corrupção, não corrompe, e não cobra propina. Não somos a causa de práticas eleitorais irregulares. Elas são consequência de um sistema eleitoral adulterado e distorcido em sua origem. Isto é assim aqui e na maioria esmagadora dos países. E atinge todos os partidos, sem exceção. Com generosidade, e com conhecimento de causa, eu digo que 98% das campanhas no Brasil utilizam caixa 2. Que isso envolve das pequenas às grandes campanhas. Que centenas de milhares de pessoas – quase certo que milhões – de todas as classes sociais e de dezenas de profissões são remuneradas com dinheiro de caixa 2. Mais que isso: o caixa 2 é um dos principais – senão o principal – centros de gravidade da política brasileira.

Se todos que já foram remunerados com caixa 2 no Brasil fossem tratados com o mesmo rigor que eu, era para estar aqui, atrás de mim, uma fila de pessoas que chegaria a Brasília. Uma muralha humana capaz de concorrer com a muralha da China. Capaz de ser fotografada por qualquer satélite que orbita em torno da terra.

Mas estaria eu aqui a defender o caixa 2? Jamais!

Erramos e estamos dispostos a pagar pelo nosso erro. Mas não somos corruptos nem lavadores de dinheiro.

Pelo que já foi apurado, há fortes indícios de que os crimes da Lava-Jato não estão circunscritos ao caixa 2 eleitoral. Mas no nosso caso nada foi apurado – e nunca será – que não esteja circunscrito ao caixa 2. Mas estamos presos, tivemos nossa reputação arruinada, nossos bens bloqueados, nosso patrimônio líquido sequestrado, nossas empresas, no Brasil e no exterior, ameaçadas de fechar. Tudo, sem que ninguém até hoje duvide, que aquilo que conseguimos na vida é fruto exclusivo do nosso trabalho.

Somos os únicos presos, neste país, por caixa 2.

Não queremos ser símbolos. Nem bodes expiatórios. Não quero clemência, nem piedade. Não espero perdão. Espero apenas proporcionalidade. Espero que Vossa Excia. possa resolver esta grave distorção, e possa darmos, a mim e a minha mulher, a exata medida da nossa responsabilidade. É isto – apenas isto – que esperamos da Justiça."

Espero e torço para que, depois desse depoimento verdadeiro, mas jamais traidor, nem dedo-duro todos os publicitários, jornalistas e marqueteiros do país decidam sair do muro, onde se encontram, e redijam, com o mesmo brilhantismo dele, um abaixo-assinado endereçado a Sergio Moro, ao STF e aos corações de todos os brasileiros para que João Santana e sua mulher, Mônica Moura voltem ao convívio de suas famílias e de seus amigos e possam voltar a trabalhar da forma competente e altaneira, como sempre fizeram.

Eles merecem nosso respeito, nossa admiração e nosso "sejam bem-vindos de volta".

Charge do dia


João Santana solta o verbo

O publicitário João Santana desnuda a hipocrisia reinante nas campanhas eleitorais e também na Operação lava jato. Em depoimento ao parcialíssimo Sérgio Moro - Chefe da quadrilha de Curitiba - o marqueteiro não deixou por menos e calou o magistrado com verdades incomodas aos sensíveis ouvidos do farsante de camisa preta.

Confira abaixo algumas pérolas ditas pelo casal:

  • 98% das campanhas políticas no Brasil utilizam o caixa 2
  • Por que só ele e a esposa estão presos por isso?
  • Se tivesse o mesmo rigor que está tendo comigo em relação a essas pessoas, teria uma fila saindo atrás de mim que iria bater em Brasília, chegaria a Manaus. Poderia ser fotografada de satélite
  • Acho que precisa rasgar o véu da hipocrisia que cobre as relações políticas eleitorais no Brasil e no mundo
  • Ou faz a campanha dessa forma, ou não faz
  • Os partidos não querem declarar o valor real que recebem das empresas
  • Não era uma opção minha, era uma prática não só no PT, mas em todos os partidos

Lava jato: reino da hipocrisia



Sérgio Moro e sua turma posa de honestos, mas de fato não passa de um bando de hipócritas, veja um pequeno exemplo:

Em interrogatório ao casal João Santana e Mônica Moura o paladino da moral e ética nacional perguntou:

"...Não acha que receber esses recursos por fora significa trapaça? E insistiu: Não poderia dizer simplesmente ‘não recebo dessa forma’?"

Pergunto ao herói nacional:

Moro, não acha que receber mais que o teto salarial do funcionalismo público é trapaça? Insisto: Não poderia dizer simplesmente 'não recebo mais que a Constituição permite'?.

Provavelmente ele responderia assim:

Isso não vem ao caso e recebo mais que o dobro do teto porque acho melhor.

Hipócrita!