Comissão da verdade

Ao defender a Criação da Comissão da Verdade - em tramitação no Congresso, ela pode ser aprovada ainda neste 1º semestre - que vai investigar os crimes da ditadura militar, e ao rebater as críticas dos setores contrários à instauração do colegiado, o ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo falou por todos nós.


Por todos os petistas, por todos os democratas, e expressou, nada mais nada menos, o que hoje é senso comum em todo mundo. Esta Comissão já foi instalada na maioria dos países que tiveram ditaduras sejam civis, sejam militares, e o Brasil é um dos últimos, e o último do continente sul-americano a criá-la.

Aliás, como questão de fundo, a inexistência dela é uma das razões das rebeliões nos países árabes, cujas populações estão cansadas de ditaduras, arbítrios, truculência e desrespeito aos direitos humanos, com os governos de exceção da região passando por cima do problema e nunca aceitando a mínima apuração das arbitrariedades.

Instaurar Comissão é dever do Estado brasileiro

"A Comissão da Verdade, que se discute hoje no Congresso Nacional, é um dever do Estado brasileiro também [como foi a comissão da anistia em 1979]. O direito ao esclarecimento de fatos é um compromisso histórico, democrático, que tem que estar respaldado na lei. (...) Quem quiser resistir à busca da verdade, o fará nos termos da expressão democrática que hoje nós vivemos. O que eu posso dizer é que a sociedade brasileira hoje quer a verdade", destacou o ministro Eduardo Cardozo.

Ele fez a defesa da Comissão e rebateu as críticas dos que a ela resistem, ao participar, em Brasília, de homenagem a 6 mulheres perseguidas durante a ditadura militar (1964-1985), entre as quais Maria Thereza Fontella Goulart, viúva do presidente deposto pelo golpe militar de 1964, João Goulart, o Jango.

O que o ministro defendeu é o reconhecimnto ao direito à verdade e à justiça, consenso internacional hoje,  consolidado mundo afora, reconhecido em todos os foros internacionais. Só quem está em dissintonia com a época que vivemos e as aspirações dos povos opõem-se a ela - no nosso caso, do Brasil, com razões que mais parecem ameaças que beiram a ilegalidade.

Em manifestação encaminhada ao Ministério da Defesa - que, em nota, diz que o documento foi elaborado em setembro pp. - as Forças Armadas afirmam que a Comissão "poderá provocar tensões e sérias desavenças ao trazer fatos superados à nova discussão". O documento foi elaborado pelo Exército e apoiado pela Marinha e a Aeronáutica.

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