A trincheira de cada um, por Pedro Porfírio

Marina Silva desbundou de vez, rendeu-se ao que há de pior. Em compensação ainda há lucidez no país

 



  
 Aqueles que estão comigo representam o meu projeto de país: de avanço. Os que estão do outro lado representam o retrocesso.
Dilma Rousseff
 
Depois de um mal produzido jogo de cenas, na tentativa de provocar um frenesi orgástico no ambiente político, a ex-petista (25 anos de casa) Maria Osmarina Marina Silva Vaz de Lima, nascida Maria Osmarina Silva de Souza, soltou um traque ao anunciar o óbvio: ela e Neca Setúbal, mais a tropa cartorial e  fisiológica do PSB pernambucano juntaram os seus trapos aos do Aécio Neves da Cunha, o menino prodígio que aos 25 anos já era diretor da Caixa Econômica Federal no trem da alegria tucano.
 
Pela demora de sua declaração de voto e pelas encenações iluminadas passo a passo por uma mídia amiga pode-se imaginar quantas cartadas rolaram entre 4 paredes: em público, ela ficou chupando dedo - a tal exigência do fim da reeleição evaporou-se  e agora a boa moça terá a cínica tarefa de dizer aos  que acreditaram na sua peroração de mudança que aquela resistência aos tucanos de alta plumagem, como Alckmin da "Opus Dei" ultrarreacionária, não passava de letra morta em sua obtusa catilinária de laboratório.
 
Agora o país terá na mesma nau do retrocesso do capitão Bolsonaro, direitista raivoso,  ao senador Cristovam Buarque (que decepção): do papo reto Eduardo Jorge ao homofóbico pastor Everaldo, nos uniformes de escudeiros daquelas cruzadas da inquisição com a missão de arrasar tudo o que se tentou para minimizar o sofrimento do povaréu, incluindo o imediato restabelecimento do ARROCHO SALARIAL e a mitigação de tudo o que arranhar a pirâmide social, conforme a exigência da burguesia e da alta classe média segundo a qual  o pobre tem de reconhecer o seu lugar de subalterno. 
 
Vale lembrar, a propósito, que o primeiro acordo de Aécio Neves da Cunha foi com a medicina mercantil, para desmontar o programa Mais Médicos, que está levando assistência a 50 milhões de cidadãos das periferias e mostrando que a saúde preventiva de baixo custo é o santo remédio que, para os mercantilistas, se tornou um grande purgante.
 
É a oxigenação com os gases da felonia, a ressurreição do capitalismo selvagem, a volta da intolerância dos nostálgicos da ditadura (que detonarão a Comissão da Verdade) a hegemonia do mercado especulativo e aquela velha receita do tempo em que o governo tucano resistia até a um salário mínimo de 100 dólares (R$ 245,00): isso esses políticos multifacéticos podem esquecer, o povo, não. 
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