Para quem não olha o Brasil como Fhc e Cia

“Precisamos reduzir as jornadas de trabalho para que todos possam trabalhar — e consumir, senão a conta do aumento da produtividade e o número de pessoas que podem comprar as coisas produzidas não fecha.
A maioria das 85 pessoas mais ricas do mundo é formada por ladrões de impostos. São pessoas que financiam campanhas eleitorais em barganha por leis que os favoreçam. E isso alimenta o ciclo da desigualdade. Os bilionários que concentram a riqueza do mundo precisam pagar impostos, altos.
Os oito anos de governo Fernando Henrique Cardoso adotaram uma política social-liberal, estabilizaram a economia e iniciaram uma política social. Os oito anos de Lula redistribuíram parte da riqueza que FHC criou, com uma política social-democrata, que permitiu a muitos brasileiros ascenderem. Hoje, Dilma é vítima de uma vingança neoliberal. A corrupção sempre existiu no país. Há um grande desencontro entre o Brasil real e o Brasil intelectual. Terminei uma pesquisa com 11 intelectuais brasileiros sobre como estará o Brasil em 2025. Grande parte desses intelectuais é pessimista. O PIB brasileiro é o sétimo do mundo, à frente da Itália e da Inglaterra. O Brasil está em quinto em produção industrial. Está em terceiro lugar em acesso à internet, atrás dos EUA e da Suécia. Ou seja, o Brasil ocupa posições de Primeiro Mundo, mas os brasileiros ainda se enxergam como Terceiro Mundo. Quando os intelectuais são confrontados com dados reais, se mostram mais otimistas. Os brasileiros têm complexo de vira-lata.”



Não, não é alguém do PT falando.  É o sociólogo italiano Domenico de Masi, em entrevista publicada na Folha de S. Paulo, dia 1º de maio

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