O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma palestra, nesta segunda-feira (15), para uma comitiva de empresários franceses reunidos na residência consular da França em São Paulo. Eles foram convidados pelo cônsul francês, Damien Loras, para ouvir a análise do ex-presidente sobre a situação atual do Brasil. Os empresários participaram também de um debate na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Na apresentação, Loras relembrou que existem mais de 300 empresas francesas no Brasil, que empregam 600 mil brasileiros. Em sua apresentação, Lula reafirmou sua fé no potencial do Brasil. "Poucos países do mundo tem o potencial do Brasil", defendeu. O ex-presidente ressaltou o ajuste está sendo feito pelo governo federal e o novo plano de investimentos em infraestrutura por concessões, que prevê investimentos de até R$ 190 bilhões no país. Lula ponderou que não é possível que em um país como o Brasil o Estado não seja uma alavanca do crescimento econômico.
"O Brasil precisa retomar a capacidade de investimento e de convencimento em atrair investimentos. Nos últimos anos, o Brasil está entre os cinco maiores destinos de investimento estrangeiro direto. O Brasil e a França têm um potencial de trocas infinitamente maior do que o que existe hoje"
O ex-presidente agradeceu a parceria e relação com os seus contemporâneos franceses: Jacques Chirac e Nicolas Sarkozy. E apontou a evolução do Brasil nos últimos 12 anos. "O Brasil mudou. A sociedade brasileira está mais exigente. Quem subiu um degrau na escala social não quer voltar atrás. Quem conseguiu entrar na universidade, agora quer melhores empregos. Quem fez uma viagem de avião, não quer mais andar de ônibus. Vocês sabem que tem gente que subiu na escala social, que está indo para Paris. As pessoas querem conhecer a Europa, e outros lugares do mundo. E no Brasil, essa ascensão social coincidiu com o crescimento da economia e de todos os setores."
Lula também comentou a profundidade e duração da crise que começou em 2008, e a ineficiência das decisões tomadas pelo G20 na época de aprofundar o comércio internacional e promover o desenvolvimento. "Não existe possibilidade de retomar o crescimento da economia mundial se não for retomado um aumento das trocas comerciais", concluiu.
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