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Jornal GGN - É destaque na coluna da jornalista Mônica Bergamo (Folha), nesta sexta-feira (11), que ministros, deputados e senadores do PT já foram abatidos pelo clima de desânimo em relação ao governo Dilma Rousseff e não só acham o impeachment da presidente "possível", mas "provável" de acontecer até o final do ano. O caminho seria o mesmo percorrido até a derrubada de Fernando Collor em 1992, com direito à movimentação das massas.

Tudo começaria com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), analisando os pedidos de afastamento de Dilma que foram protolados na Câmara. Um deles, apresentado pelo ex-fundador do PT, Hélio Bicudo. Mesmo que Eduardo Cunha rejeite o documento, basta que partidos de oposição se reúnam e entre com um recurso para que o texto seja apreciado pelo plenário. Por maioria simples (ou seja, 257 votos), a Casa decidiria que o impeachment é "admissível". Segundo a coluna, os deputados que formam a frente suprapartidária pró-impeachment lançada ontem somam 280 votos.

"Um senador do PT observa que foi a partir da aprovação da admissibilidade do impeachment de Fernando Collor que 'as pessoas começaram a acreditar e tomaram as ruas do país' para derrubá-lo do poder, em 1992. O mesmo poderia acontecer com Dilma Rousseff."

Nesse cenário tempestivo, o impeachment, então, seria apreciado pela Câmara, agora com necessidade do dois terços para aprovação. "Como o voto é aberto, até mesmo parlamentares de oposição que são contra o afastamento se veriam forçados a votar a favor", data a possibilidade de pressão popular.

Com Dilma afastada nesse julgamento político, Michel Temer (PMDB), o vice, assumiria a Presidência da República. Isso abre caminho para que o ex-presidente Lula mantenha-se na oposição e fique "livre para atirar" contra o governo até 2018, ganhando mais destaque na mídia e fazendo seu nome para disputar o próximo pleito em nome do PT.

Quem não estaria gostando dessa movimentação é o governador Geraldo Alckmin (PSDB), segundo frisou Bergamo. O tucano teria pela frente não só um adversário interno com o peso de Aécio Neves, mas também teria de brigar por espaço com Temer na Presidência (virando um potencial à reeleição) e com Lula. O governador teria de sair da posição defensiva antes do esperado.

Reação

Nesse cenário de crise política, Dilma estaria cogitando, segundo a Folha, um "movimento de impacto" para tentar reagir. E esse movimento seria mover da Casa Civil o ministro Aloísio Mercadante, que teria errado nas jogadas que assumiu desde o começo do ano, incluindo tentar reduzir o poder de influência de Michel Temer na articulação política e Joaquim Levy nas decisões econômicas.

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