O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) se defendeu, em seu twitter, que a Medida Provisória 608, que teria beneficiado o banqueiro André Esteves, é da alçada do líder do PSDB no senado Cássio Cunha Lima (PB).
Documento apreendido pela Polícia Federal nos pertences de Diogo Ferreira, assessor do senador Delcídio Amaral (PT-MS), continha a anotação:
"Em troca de uma emenda a medida provisória número 608, o BTG Pactual, proprietário da massa falida do banco Bamerindus, o qual estava interessado em utilizar os créditos fiscais de tal massa, pagou ao deputado federal Eduardo Cunha a quantia de R$ 45 milhões de reais.
(...)
Pelo BTG participaram da operação Carlos Fonseca, em conjunto com Milthon Lyra. Esse valor também possuía como destinatário outros parlamentares do PMDB. Depois que tudo deu certo, Milton Lyra fez um jantar pra festejar. No encontro tínhamos as seguintes pessoas: Eduardo Cunha, Milton Lira, Ricardo Fonseca e André Esteves".
O Ministério Público considerou a anotação como um dos motivos para manter preso temporariamente o banqueiro André Esteves, dono do banco BTG Pactual e amigo de Aécio Neves (PSDB-MG), que pagou a viagem de lua de mel do senador tucano à Nova York.
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