Super Dilma contra o sistema, por Leopoldo Oliveira

O vazamento do áudio de Romero Jucá e Renan Calheiros não deixa dúvida: ou o Brasil acaba com seu sistema político ou sistema político acaba com o Brasil.

A presidenta Dilma, agora escancaradamente, honesta e derrubada, por isso, por políticos com medo dos próprios futuros, encarna este enigma a ser decifrado ou que devorará a cidadania.
A Coração Valente foi carimbada como a gerentona inábil para o meio político, no entanto, a cada dia fica mais claro que ela apenas ousou um passo adiante no inédito feito do presidente Lula de combater a pobreza e a desigualdade social: dar aos brasileirinhos a oportunidade de uma política limpa, sem interferência do poder econômico, baseada em ideias, propostas e ideologia.

É dela o legado inquebrantável de ter empurrado o Supremo Tribunal Federal a declarar inconstitucional o financiamento empresarial de campanha. Antes desta tragédia para a política tradicional se realizar, golpearam-na.

Temer disse que, como secretário de segurança de São Paulo, aprendeu a lidar com bandidos.

Não é verdade. Sabe servi-los, vide ter premiado Jucá, após as revelações de que o golpe fora planejado para encerrar a Lava Jato, com o elogio de "competente". Vide entregar as tarefas que exigem fé ao autêntico chefe de Estado do Brasil, Eduardo Cunha, do qual é apenas o primeiro-ministro. Renan Calheiros, embora não tenha alegado sobrevivência pessoal diante das investigações, agiu para preservar os seus dentro do "efeito manada" que a rede Globo gerou (e não alertou).

A disputa geral aberta nesta nova fase permite apenas o confronto global contra o sistema como um todo, juntamente contra o projeto do governo Temer, que é a favor do atual sistema político e contra agenda social dos últimos 13 anos.

Não há meio termo.

Ou Temer fica, com o rabo e o focinho do "tudo como antes no quartel de Abrantes", nos lançando à hecatombe social e gaveta-geral da República de FHC, ou Dilma volta trazendo consigo o quarto pilar do Sonho Brasileiro: estabilidade da moeda, crescimento econômico, distribuição de renda e...uma verdadeira reforma política.

Daí para frente, a vida quererá coragem, que a ex-presa política tem de sobra. Aliás, coragem e estatura moral sobre seus inimigos.

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