A seletividade das investigações da Lava Jato ganhou mais um elemento.

Enquanto as "investigações" tratavam de pessoas ligadas ao PT, o vazamento de informações era quase que diário. Segundo o próprio ex-presidente Lula, as "denúncias" rederam mais de 14 horas de noticiário no Jornal Nacional para para falar dele. Agora, o juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância, guarda a sete chaves as informações obtidas pela lista da Odebrecht.

Moro negou o compartilhamento de provas com o Ministério Público do Rio de Janeiro das informações relacionadas ao suposto departamento de propina da Odebrecht. Na decisão proferida em 28 de outubro, o magistrado disse que a Polícia Federal (PF), em Curitiba, ainda examina o material.

A solicitação do Ministério Público do Rio de Janeiro foi para utilizar as provas para instruir 16 procedimentos, entre as quais investigações relacionadas ao Parque Olímpico, Maracanã, Linha 4 do metrô e rede de esgoto.

A tais provas, segundo vazamentos a conta-gotas, tem o envolvimento de nomes como do senador e atual ministro das Relações Exteriores de Michel Temer, o tucano José Serra, que teria recebido a bagatela de R$ 23 milhões em contas secretas de caixa 2.

Os documentos foram apreendidos durante as 23ª e 26ª fases da Operação Lava Jato, que identificou um suposto departamento da empresa que seria responsável pelo pagamento de propina a agentes políticos e servidores.

Moro, que já disse que o país não sobreviverá com a delação da Odecrecht, também destacou ao negar o pedido do MP do Rio de Janeiro que há discussão sobre acordo de colaboração entre executivos da Odebrecht com a Procuradoria-Geral da República.

Ele ainda aproveitou para fazer juízo de valor do pedido feito pelos procuradores cariocas. Disse que falta detalhamento na delimitação do objeto dos inquéritos sobre a necessidade e utilidade das provas.

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