Quem tem medo da quebra do sigilo legal no Brasil?

Em 2006, durante as CPIs, quando a oposição e a mídia violavam o sigilo bancário, fiscal e telefônico de acusados que sequer haviam sido denunciados e, muito menos, eram réus, nenhum integrante do Judiciário ou da grande imprensa demonstrou a ira divina que encenam agora, com a medida do governo que possibilita a troca de informações entre o Banco Central, a Receita Federal, o Tribunal de Contas e a Controladoria Geral da União, sobre movimentaçoes financeiras a partir de determinado teto.
Em 2006, ao contrário, oposição e a mídia incentivavam essa violação dos sigilos, esse comportamento ilegal. Estimulavam o desrespeito, abertamente, à Constituição. Naquela ocasião, príncipios sagrados e consagrados mundialmente como a presunção da inocência e que o ônus da prova cabe ao acusador no decorrer do devido processo legal, foram convenientemente ignorados.
São estas mesmas "vestais", de sempre, que rasgaram a Carta Magna naquela época, que agora se arvoram em arautos dos direitos e garantias individuais para combater a medida singela, legal e mais do que necessária determinada pelo governo, para que haja a troca de informações entre esses órgãos públicos, semestralmente, sobre as pessoas físicas que movimentarem mais de R$ 5 mil e sobre empresas que tiverem movimentação superior à R$ 10 mil. Aliás, esta é uma medida já existente em qualquer país civilizado do mundo. Este acesso era possibilitado pela CPMF, e aí está, embora ninguém assuma, uma das razões para que a oposição tucano-pefelista/DEM, de forma covarde, vergonhosa e escandalosa a tenha derrubado.
Agora, quando o governo, dentro da Constituição e da lei, encontra uma alternativa e propõe esta medida de combate à sonegação, à corrupção, à lavagem de dinheiro e ao crime organizado - práticas descaradas, abertas e públicas no Brasil - estes fariseus mostram-se irados e zelosos defensores dos direitos e garantias individuais.
Nós todos sabemos onde existem essas práticas criminosas no país.
A maior sonegação do Imposto de Renda no Brasil é praticada pelas classes altas.
O que melhor ilustra isso é o conhecido diálogo travado há algum tempo entre o presidente da FIESP, Paulo Skaff, e o ex-ministro Adib Jatene.
Com o pretexto de que a carga tributária é alta no Brasil, Skaff pediu o apoio de Jatene à campanha pela derrubada da CPMF. "Tem que pagar", respondeu Jatene, negando o apoio. E quando o presidente da FIESP insistiu que os ricos já pagam muito, Jatene retrucou: "Não pagam não".
O episódio ilustra, melhor do que qualquer outro argumento, quem tem medo da quebra legal do sigilo bancário no Brasil.

Um comentário:

  1. Quem tem medo da quebra de sigilo bancário no Brasil - Uma pequena lista:

    1. Luiz Inácio Lula da Silva
    2. Lulinha da Silva
    3. Marisa da Silva
    4. Lulian da Silva
    5. Paulo Okamoto
    6. O próprio José Dirceu
    7. Renan Calheiros
    8. Aluisio Mercadante
    9. Ideli Salvati
    10. José Ribamar Sarney
    11. Walfrido dos Mares Guia
    12. Eduardo Azeredo
    13. Ciro Gomes
    14. Dilma Rouseff
    15. O PT do Rio Grande do Sul
    16. Luiz Gushiken
    17. Paulo Henrique Amorim
    18. Mino Carta
    19. Franklin Martins
    20. Tarso Genro

    Vou para aqui. A lista é muito grande. Quanto ao meu sigilo pode quebrar a hora que quizer. Quem não deve não teme.

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