LUISA BELCHIOR
Colaboração para a Folha Online, no Rio
O Estado do Rio já vive a epidemia de dengue que causou mais mortes desde 1986, quando o Ministério da Saúde voltou a notificar a doença. A Secretaria Estadual de Saúde do Rio confirmou na noite desta terça-feira que há 92 mortes pela doença este ano, 55 delas na capital. Em 2002, no maior surto já registrado no Estado, foram 91 mortes e 288.245 notificações.
Em uma semana, mais de 35 mil novos casos da doença foram notificados no Estado. Segundo o balanço, os casos de dengue já atingiram 110.783 pessoas no Estado, de acordo com o volume de notificações. Até a semana passada, eram 75.399.
Nas demais regiões do Estado, os maiores números de notificações depois do Rio foram registrados nos municípios de Angra (6.467), Nova Iguaçu (6.039), Campos (4.577), Duque de Caxias (3.359) e Niterói (2.632).
Outras 96 mortes por suspeita de dengue ainda estão sob investigação, segundo a secretaria. Desse volume, 67 estão na cidade do Rio. Dos 92 mortos por dengue confirmados no Estado, 42% eram crianças e jovens com até 15 anos, segundo a secretaria.
Enquanto o povo morre de dengue, devido ao sucateamento da saúde pública, da falta da saneamento básico, da falata de educação e falta de campanhas contra a dengue, fica-se perdendo tempo e recursos com a mãe do PAC (Programa de Aceleração da Corrupção), gastança com cartões corporativos, mensalões etc.
Nem água para começar a hidratar os pacientes existe nas salas de espera lotadas dos hopitais públicos.
Isto é assassinato de inocentes. Nos revoltamos com o caso da menina Isabela, bárbaramente assassinada em São Paulo, mas achamos ser normal que centenas de crianças, contaminadas pela dengue devido ao descaso e irresponsabilidade das nossas autoridades continuem morrendo dia a dia.
No Brasil a cada mês morrem 200 (duzentas) crianças por molestias causadas pela falta de saneamento básico.
Quando é que vamos nos sencibilizar para isto também? A menina Isabela era de classe mais alta. Já os pobrezinhos que se danem. Esta é a mentalidade de um governo que foi eleito para os mais pobres e taiu a confiança do povo.
Vão arder no fogo do inferno.
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