José Aparecido Nunes, ex-chefe da Secretaria de Controle Interno da Casa Civil da presidência da República, revelou, ontem, à CPI do Cartão Corporativo que cedeu dois de seus funcionários a pedido de Norberto Temóteo, secretário de administração do ministério, para ajudarem na confecção do dossiê sobre despesas sigilosas do governo Fernando Henrique Cardoso.
Êpa: dossiê, não: banco de dados, como frisou Aparecido. Um banco de dados de onde foi extraído o dossiê.
Pois muito bem: por que a CPI não convoca Temóteo para saber quem lhe deu a ordem de produzir tal trabalho? Vai ver que foi coisa da cabeça dele e não da cabeça de sua chefe - Erenice Guerra, secretária-executiva da Casa Civil. Ou vai ver foi coisa que saiu da cabeça de Erenice - mas jamais da de Dilma Rousseff, a ministra.
Deve ter sido coincidência, nada mais do que isso, o fato de Aparecido, no último dia 20 de fevereiro, remeter o dossiê para André Fernandes, assessor do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), enquanto em São Paulo Dilma avisava a cerca de 30 empresários reunidos para jantar com ela que o governo levantava informações sobre gastos exóticos da época de Fernando Henrique.
Querem que acreditemos que um dossiê contra o governo passado foi montado dentro da Casa Civil da presidência da República e que Erenice nada soube a respeito. E muito menos Dilma.
Ninguém na Casa Civil vai sequer ao banheiro sem autorização de Dilma.
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