Wilson Trevizam
O fato de você não assistir o jornal e ficar recebendo notícias de segunda mão faz com que você não possa por si só analisar a notícia e muitas vezes fica com uma idéia disgtorcida fora da realidade.
Em primeiro lugar, como já postei abaixo há alguns dias atrás, a desigualdade de renda vem diminuindo no Brasil desde a implantação do Plano Real em 1994. Especificamente o trabalho do IPEA fala em 2002 até agora.
Inegavelmente isto demonstra o sucesso do Plano Real implementado por Itamar Franco em 1994. Diga-se de passagem que o referido plano foi muito criticado por Lula e pelo PT, mas hoje 100% encampado pelo governo Lula, inclusive com a nomeação de um deputado federal tucano, Henrique Meirelles, para a presidência do Banco Central.
Quem não se lembra dos idos de 1993 quando a inflação chegou a 83% en um mês? Isto queria dizer que o trabalhador que no princípio do mês tinha dinheiro para comprar 4 quilos de arroz no final do mês, com a mesma quantia só comprava 2 quilos. É ou não é verdade?
Hoje graças aos baixos índices de inflação esta situação mudou.
Não é preciso de um técnico para dizer que a inflação corroi o poder de compra do trabalhador. Qualquer um de nós que viveu o tempo da inflação alta sabe disto.
Hoje mesmo o governo anunciou um aumento de 8% no valor do Bolsa Família. E qual foi a razão disto?
É que a inflação, mesmo baixa comparada ao início dos anos 90, já faz com que o beneficiário do programa adquira menos alimento do que antes.
A diminuição da diferença de renda no Brasil é realmente uma notícia muito boa. No entanto esta diferença tem que se tornar real, isto é, resultado de mais emprego e salários maiores, e não só devido ao aumento do salário mínimo acima da inflação e do Bolsa Família. Estes dois fatores são passageiros e não permantes.
O que precisa acontecer no Brasil é a inclusão social e não programas paternalistas e eleitoreiros que duram só enquanto a elite do poder deseja se locupletar com o dinheiro público.
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