Guido Mantega deu um pito no FMI em reunião promovida pelo FMI.
O ministro disse que o FMI, tão loquaz na hora de dar pitacos em países emergentes,frangou a crise das nações ricas.
Mantega disse: “A crise atual torna ainda mais urgente uma reforma fundamental do modo de operar do FMI...”
“...Até recentemente, o FMI estava concentrado nos problemas dos países de mercado emergente e em desenvolvimento...”
“...Não parece ter dedicado suficiente atenção aos principais centros financeiros, onde ciclos de expansão e contração do crédito vêm sendo observados com freqüência e intensidade alarmantes nas últimas décadas".
Pediu a criação de um mecanismo que assegure o fluxo de crédito para os países da periferia, submetidos aos reflexos da encrenca iniciada nos EUA.
“A gravidade e os amplos efeitos da crise financeira fazem com que seja de importância crítica introduzir no fundo um novo instrumento de liquidez...”
Um fundo “...direcionado para os países de mercado emergente e em desenvolvimento que estejam enfrentando choques em suas contas de capital”.
Para Mantega, caberá justamente a emergentes como o Brasil compensar os índices vexatórios de crescimento dos ricos, atenuando os efeitos da recessão no mundo.
Condicionou, porém, o desempenho dos emergentes ao gerenciamento da crise que sacode o mundo financeiro em escala planetária.
“Acredito que, em alguma medida, esses países [emergentes] terão de neutralizar as forças recessivas oriundas do mundo desenvolvido...”
Mas “...é claro que há limites para o que podemos fazer. A solução da crise depende do sucesso das políticas que foram e serão implementadas pelos países avançados".
Acompanhado pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, Mantega participou também de um encontro do G20 Financeiro.
Para surpresa geral, o pseudopresidente dos EUA, George Bush, pivô da crise, deu as caras no G20. Sentou ao lado de Mantega, que preside o grupo no ano de 2008.
Ao final, produziu-se um comunicado de teor semelhante à nota que o G7 divulgara na véspera. O texto anota:
Os países do G20 vão "utilizar todos os instrumentos econômicos e financeiros para assegurar a estabilidade e o bom funcionamento dos mercados financeiros".
Resta agora saber como os mercados reagirão à rendição dos governos a todos os seus caprichos na abertura dos negócios nesta segunda (13).
Por ora, segundo as palavras do FMI, o quadro é de derretimento.
No meu blog eu comento o poder que o Brasil tem hoje diante da crise: um poder incomparavelmente maior que Celso Lafer, Ministro das Relações Exteriores de FHC, tinha.
ResponderExcluir