BrT / Oi

Mauricio disse...

A mídia vive falando que o filho do Lula lucrou uma merreca com a Telemar.

Maurício se você acha 5 milhões de reais uma merreca. Parabéns, você deve ter muito que na minha vida toda, 63 anos de idade, nunca ganhei este dinheiro todo com mais d45 anos de trabalho.

Quanto lucraram, porém, os empresários Sérgio Andrade, da Andrade Gutierrez e Carlos Jereissati, da La Fonte com a nova empresa Oi, que só se tornou viável com o apoio do BNDES?

A mídia tem falado muito sobre isto. Houve uma reportagem de Veja sobre este assunto. Um dos maiores financiadores do PT e de Lula é Sérgio Andrade, através da Andrade Guitierres. E agora com o emPACado a empreiteira está ganhando rios de dinheiro.

Será que a mídia não está sendo tendenciosa falando só no possível presente recebido pelo Lulinha?

Já comentei acima que a mídia, neste caso, mal tem mencionado Lulinha. Tem mencionado mais Sérgio Andrade e Carlos Jereissati, além, é lógico, Daniel Dantas o dono de parte da BrT que sozinho ganha 1 bilhão de reais, uma merreca.

Adjetivar nossa mídia é algo inócuo: os piores adjetivos do dicionário seriam ainda um elogio. Dizem que o “governo” editou uma lei “sob medida” para possibilitar a formação da Oi. Até onde se sabe, quem edita leis é o Congresso, não o governo.

Maurício talvez você desconheça, mas não é uma lei aprovada pelo Congresso e sim um regulamento da Anatel. Este regulamento não está sujeito a aprovação do congresso, mas tem força de lei. Na verdade Lula alterou um regulamento da Anatel que impedia este tipo de fusão. Foi feito sim sob medida.

Se não houvesse interesse do Legislativo na mudança da lei ela não passaria.

Como lhe disse, é um regulamento da Anatel que não depende de aprovação do congresso nacional. Além do mais, com o mensalão ainda em funcionamento, a maioria do parlamento pertence a base aliada.

Será que a família Jereissati e a família Gutierrez não têm bom trânsito no Congresso? Ora...

Regulamentos e Normas Reguladoras das Agências Reguladoras como a Anatel, não passam pelo Congresso. Assim como as Normas Reguladoras do Ministério do Trabalho sobre saúde e segurança ocupacional não passam pelo congresso e são alteradas na medida da necessidade pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Deve ter muita gente mamando nas tetas dessa Oi.

Isto é verdade.

Na mídia formaram-se dois blocos: o dos pró (a maioria) e o dos contra (Mino Carta, Luis Nassif, Paulo Henrique Amorim). Na verdade, mídia é comunicação e não seria nada de mais que qualquer grupo da nossa mídia adquirisse a nova empresa. Toda a mídia tinha e tem interesse no negócio. Não é por patriotismo, ou nacionalismo, que borram tantas páginas de papel imprensa. Falam ainda que apesar do esforço do governo em criar uma empresa nacional no setor, nada impede que ela seja vendida para estrangeiros.

O problema da venda para estrangeiros é que este foi o argumento usado pelo governo para modificar o Regulamento da Anatel. Que seria criada uma supertele nacional que não poderia ser vendida a estrangeiros. Na verdade o regulamento foi alterado para beneficiar a Andrade Gutierres e Daniel Dantas.

De fato, isso pode ocorrer com a quase totalidade das empresas nacionais. Não há lei que o impeça.

Não há nada de errado de empresas serem vendidas a estrangeiros. Por mim podem vender até a Petrobrás, se isto trouxer benefícios ao Brasil e não ao bolso dos dirigentes do PT ou de qualquer outro partido político.

A batalha não acabou. A urubuzada continuará a dar em cima da tal Oi.

Maurício, esta batalha não acaba nunca. Depende de nós batalharmos contra a corrupção e a falta de ética no governo, e de novo, não é só no governo do PT, é em qualquer governo.

P.S. Maurício, sua participação nos debates tem sido produtiva e muito boa. Espero que continue prestigiando o blog. Não queremos que concorde comigo ou com o Briguilino. Queremos que participe dos debates com racionalidade e inteligência como vem fazendo.

11 de Janeiro de 2009 12:16

6 comentários:

  1. Nessa historia BrOi tem muita gente chiando por outros interesses. A não criação da empresa beneficiaria quem? Telefonica, Vivo, Claro etc?
    E sobre o Bi que o Daniel Dantas recebeu foi o atual governo quem beneficiou ele nas privatarias, que, foi mesmo?

    ResponderExcluir
  2. Luks

    A livre concorrência beneficia o Povo Brasileiro. Hoje existe quase 1 celular por habitante. Você consegue uma linha na hora.

    Lembra-se do tempo da telefonia estatal? Quantos anos se esperava na fila dos planos de expansão para uma linha fixa? Quantos salários mínimos custava uma linha?

    Os lulopetista semore se esquecem de beneficiaq=r o povo.

    Daniel Dantas e muitos outros foram beneficiados pela privatização. Mas o maior beneficiado foi o povo que não tinha serviço de telefonia e agora tem

    ResponderExcluir
  3. Laguardia, respeito sua opinião, mas, continuo pensando que a mídia foi mesmo tendenciosa em dizer que o governo promoveu mudanças “sob medida” no regulamento das telecomunicações para beneficiar a Oi. Se o poder de regulamentar fosse do governo ele não poderia criar nada de novo: quem regulamenta não pode ir além da lei. Apenas pode explicitar melhor como deverá ser cumprida. No caso, como você explicou, a regulamentação cabe a uma agência reguladora, órgão sobre o qual o governo não exerce nenhuma ingerência. As agências reguladoras foram criadas exatamente para evitar a ingerência do governo. São órgãos autônomos. O que a mídia faz é querer incriminar o governo a qualquer custo. Enquanto isso, todos continuam mamando nas tetas da Oi. Infelizmente, não vou poder explicitar muito esse “todos” para não acabar preso. Um abraço.

    ResponderExcluir
  4. Laguardia, respeito sua opinião, mas, continuo pensando que a mídia foi mesmo tendenciosa em dizer que o governo promoveu mudanças “sob medida” no regulamento das telecomunicações para beneficiar a Oi. Se o poder de regulamentar fosse do governo ele não poderia criar nada de novo: quem regulamenta não pode ir além da lei. Apenas pode explicitar melhor como deverá ser cumprida. No caso, como você explicou, a regulamentação cabe a uma agência reguladora, órgão sobre o qual o governo não exerce nenhuma ingerência. As agências reguladoras foram criadas exatamente para evitar a ingerência do governo. São órgãos autônomos. O que a mídia faz é querer incriminar o governo a qualquer custo. Enquanto isso, todos continuam mamando nas tetas da Oi. Infelizmente, não vou poder explicitar muito esse “todos” para não acabar preso. Um abraço.

    ResponderExcluir
  5. Laguardia, respeito sua opinião, mas, continuo pensando que a mídia foi mesmo tendenciosa em dizer que o governo promoveu mudanças “sob medida” no regulamento das telecomunicações para beneficiar a Oi. Se o poder de regulamentar fosse do governo ele não poderia criar nada de novo: quem regulamenta não pode ir além da lei. Apenas pode explicitar melhor como deverá ser cumprida. No caso, como você explicou, a regulamentação cabe a uma agência reguladora, órgão sobre o qual o governo não exerce nenhuma ingerência. As agências reguladoras foram criadas exatamente para evitar a ingerência do governo. São órgãos autônomos. O que a mídia faz é querer incriminar o governo a qualquer custo. Enquanto isso, todos continuam mamando nas tetas da Oi. Infelizmente, não vou poder explicitar muito esse “todos” para não acabar preso. Um abraço.

    ResponderExcluir
  6. Maurício

    Você tem razão com relação as agências reguladoras. Mas quem nomeia seus membros é o governo.

    Pelo menos um membro da Anatel, contrário a fusão BrT Oi foi trocado, o que possibilitou a mudança da Norma Regulamentadora.

    Tenho mais experiência com as Normas Regulamentadoras de Segurança do Trabalho, e que devem ser semelhantes as demais.

    Há uma lei que dá ao MTE e direito de emitir estas normas de acordo com a lei e as NRs estabelecem, por exemplo, que a empresa tem de ter uma CIPA (Comiss~ao Interna de Prevenção de acidentes) com x membros, etc.

    No caso da Anatel, se a NR não fosse mudada não seria possível a fusão BrT / Oi. A NR teve de ser mudada para favorecer a OI. Dai se falar que foi feita sob medida.

    ResponderExcluir