Ainda é pouco

A oferta de crédito bancário agora em janeiro igualou, em valor, o pico de setembro de 2008, quando da erupção da crise financeira global. É o que garante o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, - com a ressalva: crédito de fevereiro com juros maiores em prazos menores. 

Ou seja: de risco maior. 
 
A retomada do crédito pelo lado da oferta, casado com o nível de demanda das empresas e das pessoas físicas guarda relação com a devolução, pelo Banco Central, de exatos R$ 100 bilhões do vasto reservatório do chamado recolhimento compulsório. 

Ainda sobra empoçado no BC um compulsório de R$ 160 bilhões. O que significa dizer que o Brasil está reidratando o sistema financeiro com recursos, depósitos ou ativos do próprio sistema e não com recursos públicos do Tesouro Nacional.

É o mercado refinanciando o próprio mercado com poupança do público já existente, já formada, com lastro em produto, trabalho e renda.

Sem mistério.

Reserva de compulsório foi inventada para reequilibrar mercado em choques de liquidez. O Banco Central nada mais faz que sua obrigação. E daria até para liberar outros R$ 100 bilhões - se o Banco Central do Brasil não fosse, mesmo no auge da crise tão vacilante, tão tímido. Ou tão medroso.

O desemprego que o diga.
Joelmir Beting

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