O líder do PSDB na Câmara, José Aníbal, disse que entrará com representação no Conselho de Ética da Casa contra a deputada Luciana Genro (PSOL), que anteontem afirmou ter tido acesso a vídeos e áudios que mostram a prática de caixa dois na campanha do PSDB ao governo gaúcho e o envolvimento direto da governadora Yeda Crusius no desvio de R$ 44 milhões do Detran. A representação, porém, depende de decisão do partido.
Única liderança tucana a falar em favor de Yeda, Aníbal acusou o ministro Tarso Genro (Justiça), pai de Luciana, de "tentativa de desfazimento" do governo. Para ele, Tarso -provável pré-candidato do PT ao governo gaúcho- tem sido um "fator de desestabilização permanente" da atual gestão.
O ministro respondeu ontem, classificando as afirmações do tucano de "absurdas".
Na quinta-feira, Luciana e Pedro Ruas, outro dirigente do PSOL, organizaram uma coletiva para dizer que assistiram aos vídeos, que estariam em poder da Justiça Federal. O PSOL disse não ter provas, mas formalizou as acusações ao Tribunal de Contas do Estado.
Aníbal classificou como "leviandade gravíssima" e "atitude absolutamente irresponsável" a apresentação de acusações que já teriam sido desmentidas pelo Ministério Público Federal -o órgão afirmou apenas que não deu acesso a informações ao PSOL. Assinante do jornal leia mais em: Tucano vai a conselho contra Luciana Genro
A Polícia Federal quer ter acesso ao resultado da investigação, feita pela Polícia Civil do Distrito Federal, sobre a morte de Marcelo Cavalcante, que chefiava o escritório do Rio Grande do Sul em Brasília. O corpo dele foi encontrado na última terça-feira, no lago Paranoá, na capital federal.
O pedido do superintendente da PF gaúcha, Ildo Gasparetto, foi feito ontem, um dia depois de o PSOL denunciar suposto esquema de corrupção na campanha de Yeda Crusius (PSDB).
Demitido no auge da crise do governo, no ano passado, Cavalcante, segundo o PSOL, negociava dar esclarecimentos ao Ministério Público Federal.
"Queremos acompanhar para verificar se foi suicídio e se houve instigação ao suicídio", disse Gasparetto.
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