Patativa tinha a consciência da força das palavras como instrumento de denúncia e combate sem perder o que poderíamos chamar de "cortesia sertaneja", conjunto de regras que traduz uma visão de mundo e uma atitude de quem é capaz de se emocionar diante de sua própria produção, como se essa fosse uma condição para o poema ganhar vida própria e partir para uma interferência no mundo.
As utopias para ele, baseadas em um cristianismo solidário, passaram pela questão da terra, que ele conhecia como ninguém, e, avançavam na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Patativa tinha a medida exata entre a razão e a emoção, evitando qualquer sentimentalismo e escrevendo como intérprete das nossas mazelas sociais.
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