Um fato que marca a história da luta contra a corrupção no país: Após iniciativa do governador mineiro Aécio Neves, o PSDB veio a público com um manifesto de defesa de Yeda Crusius, governadora do Rio Grande do Sul, acusada de corrupção, caixa dois, uso de dinheiro público em campanha, desvio de recursos de empresas públicas, troca de cargos e dinheiro por votos na Assembléia. Acusações essas feitas por seu próprio vice-governador, do DEM.
Com a assinatura dos governadores José Serra, de São Paulo, Aécio Neves, de Minas, José de Anchieta Júnior, de Roraima, e de Teotônio Vilela Filho, de Alagoas; dos líderes do partido na Câmara e no Senado, José Aníbal e Arthur Virgílio, o manifesto é um peça de cinismo e hipocrisia dos tucanos. No chamado episódio do mensalão, que nunca existiu, os tucanos nos acusaram -- sem provas -- de corrupção e formação de quadrilha, apoiaram que uma CPI, criada com outro objeto, o de investigar os Correios, elaborasse um relatório sobre o chamado mensalão e pedisse a cassação de 19 deputados, dos quais três foram efetivamente cassados, entre eles eu, sem provas, portanto, uma cassação política, sob pressão da mídia.
Agora, fazem uma outra leitura. Apesar dos indícios, provas, fatos, testemunhas, documentos, para eles tudo não passa de “radicalização do quadro político" no Estado. Afirmam que a trajetória da governadora é de "respeito a princípios éticos". No texto de apoio à governadora, o manifesto diz: “A Direção Nacional do PSDB, os governadores eleitos pelo PSDB e os líderes partidários vêm reiterar o enorme respeito que têm pela governadora Yeda Crusius e por toda a sua longa trajetória política, construída com competência e respeito a princípios éticos". O manifesto ainda lamenta que “a radicalização do quadro político no Rio Grande do Sul esteja colocando em segundo plano a importante obra administrativa do governo estadual, que vem buscando, com extrema seriedade, o equilíbrio das contas públicas e o resgate da credibilidade interna e externa do Estado.”
Como vemos, os tucanos vão além de pedir o óbvio. Vamos, agora, esperar o comportamento da mídia. Ao contrário do que fazem quando se trata do PT (não respeitam a premissa da presunção da inocência e o devido processo legal), eles já absolvem Yeda Crusius e reduzem tudo a disputa política partidária. Que diferença da campanha que orquestraram, com apoio da mídia, contra o PT e o governo Lula em torno dos fatos do caixa dois da campanha de 2004, tentando desmoralizar e estigmatizar o PT, como um partido corrupto e uma quadrilha. Tudo, é claro, na tentativa de derrubar o governo Lula e nos derrotar nas eleições de 2006, o que não conseguiram, para agora darem ao país esse espetáculo, repito, de moral de ocasião e de ética de conveniência.
Felizmente o povo não caiu na arapuca que os tucanos e demos armaram em 2005 com a ajuda explicita do PIG e reelegeu Lula em 2006. Em 2010 vamos eleger a Dilma para o Brasil continuar no rumo certo.
ResponderExcluirJosé Dirceu? O réu José Dirceu? falando em combate a corrupção? Esta é a piada do ano
ResponderExcluirô Joel, deixa eu te agradecer o e-mail de gratidão. A Marlene é uma das pessoas que a gente guarda um afeição enorme. Incrível que eu andei aí num seminário Espírita e não foi possível localizá-la.
ResponderExcluirPaz e Bem
Nonato