o louco entre risos, pobre, vai
Vê sorrir os transeuntes quando passam
em quase todos tristes faces abandonadas.
Segue e pisa entre calçadas, que banhadas
hora de lágrimas, hora de luz cristalizada
Segue noturno e taciturno pelas ruas,
com sua alma já quebrada de saudades.
Fora outrora feliz, tão bem amado
em sua quadra, a juventude lhe sorriu
Hoje, sozinho, o desgraçado a paz procura
no mar, à noite, a paz onde poder encontrar.
Tantas lembranças, tantos sonhos mil
o infeliz em rodopios, pobre vai
E vê tombar da doce vida tudo, enfim
amor, amigos que na vida o trairam.
Neuto Jucá
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