Na economia, notícias melhores, impossível
No front econômico interno as noticias não poderiam ser melhores. O índice de confiança e propensão para o consumo aumenta e já chegam aos níveis do pré-crise. Os preços das matérias primas que exportamos voltam a subir e as captações no mercado de capitais explodem.
E, veja, a melhor de todas as notícias: vamos fechar o ano com o menor índice de desemprego dos últimos tempos, 6,7%. Nenhuma outra notícia daria tanta certeza quanto essa da consistência da retomada do nosso crescimento para os próximos anos.
A má noticia
Como não poderia deixar de ser, ela vem do Banco Central (BC). Ele incluiu o “impulso fiscal”, em suas variantes para calcular a inflação futura - hoje estimada em 4,4%, portanto, dentro da meta - numa medida abertamente de restrição a política do governo Lula de reformar a máquina pública brasileira, sem o que não há gestão eficiente e boa prestação de serviços públicos.
Muito menos burocracia permanente, de carreira, profissional e mantida por mérito, como a que construímos no próprio BC e no Tesouro Nacional, cujos salários estão ainda abaixo do mercado. ”Gasto com servidor”, não é gasto social, afirmou, de forma depreciativa e numa clara critica à política do governo, um dos diretores do BC, Mário Mesquita, a seus próprios colegas de trabalho.
Um despropósito
Temos aí um flagrante despropósito, já que sem contratações via concurso público, reforma da "máquina", e melhores salários não teremos nunca capacidade de gestão para continuar com êxito nos programas sociais.
Fora o fato que o aumento do gasto público não veio apenas - e principalmente - dos gastos sociais ou com pessoal mas, sim, com a manutenção dos investimentos. Mantidos, registre-se, apesar da queda da arrecadação e das desonerações fiscais e subsídios.
O fato é que com eles o governo sustentou o crescimento do emprego e da economia, sem o que a arrecadação teria caído ainda mais e as contas públicas não estariam
equilibradas. E como estão, se comparadas com o restante do mundo!
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