Tolerância

Marco Antônio Leite 


Peço tolerância pela palavra "imprensa", mas ela se faz necessária, na medida em que o seu significado passa a exemplificar o comportamento midiático. Que mandou às favas qualquer relação com a Imprensa-media-mídia, passando a cultivar a mentira, a hipocrisia, o servilismo e a corrupção.
A Imprensa virou emprensa. E graças a esse comportamento as algemas mentais estão se partindo.
Ela já não consegue mais enganar.
Se é verdade que jamais houve, de fato, liberdade de imprensa, mas liberdade de empresa, isso era às ocultas, hoje é às escâncaras.
Nenhum interesse supera o interesse do patrão. É a regra do sistema.
E como o sistema traz dentro de si o vírus de sua própria destruição,somos testemunhas privilegiadas da travessia do Rubicão.
Ou alguém duvida?
Leitores e telespectadores migram aos milhares e milhões diariamente em busca de alternativas. E elas não faltam.
Na falta de leitores e telespectadores, resta à mídia recolher as migalhas que lhe proporcionam os "recrames".
Quem vende mentiras não vende publicidade, vende
recrames.
Das ofertas de prestações intermináveis.
Das empresas de agiotas e usurários.
Tudo produto do mesmo esgoto.
E, incrível, a mídia mentirosa, hipócrita e corrupta vive das benesses fornecidas até por uma de suas vítimas, o governo.
Não é um paradoxo?
Seria se aquele garboso não viesse a público para explicar que eles eram "governo e não poder"...
Mas como não são poder? Para que servem as eleições então?
Afirmar que vencer uma eleição não significa assumir o poder, é acreditar na eternidade do sistema.
E eu me recuso a crer que um sistema possa ser eterno!
A História está aí para provar isso.

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