Em campanha eleitoral os oposicionistas esqueceram completamente a extinção da CPMF. Fingem que não foram eles que a extinguiram no Congresso Nacional (na virada de 2007/2008) e apostam que a população também esqueceu o fim do imposto do cheque que retirou R$ 40 bi/ano do orçamento da saúde pública.
Não esquece. Uma leitora gaúcha acaba de perguntar sobre o destino dos recursos da CPMF, e o presidente Lula em sua coluna semanal "O presidente responde", publicada em diversos jornais do país, esclareceu que ela gerou R$ 14,3 bi para a saúde em seu último ano de vigência. "O SUS pôde realizar, então, entre outros procedimentos, 11 milhões de internações, 348,8 milhões de exames laboratoriais, 9,3 milhões de hemodiálises e 2,2 milhões de partos", destacou o presidente.
"Mas, no final de 2007 - acentua no artigo -, tentando prejudicar o governo, os adversários eliminaram o imposto e atingiram, na verdade, a saúde da população. Inviabilizaram o PAC da Saúde que teria à disposição hoje mais R$ 24 bilhões anuais da CPMF."
Parte dos R$ 40 bilhões retirados do orçamento anual da Saúde pela oposição, o governo conseguiu restituir ao criar a Contribuição sobre Lucro Líquido, a CSLL, paga pelas instituições financeiras. E na regulamentação da Emenda 29, foi proposta, também, a instituição da Contribuição Social para a Saúde (CSS), com alíquota de 0,1% sobre a movimentação financeira. Os recursos por ela gerados serão divididos entre a União, os Estados e os municípios, mas o Congresso Nacional não a aprovou até agora.
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