Paciente terminal pode optar por não prolongar vida


De Catarina Alencastro:
O novo Código de Ética Médica, que começa a valer hoje, traz uma inovação na área de pacientes terminais. Diferentemente do que ocorre atualmente, os médicos terão de respeitar a decisão de quem não quiser prolongar sua vida, quando não houver mais cura possível.
O novo código recomenda que os médicos não deem tratamentos desnecessários a esses doentes, e aconselha a prática de cuidados paliativos para minimizar o sofrimento.
— É uma mudança bastante radical. Até agora, havia aquela tendência de se fazer tudo para prolongar a vida do doente. Isso vai continuar prevalecendo para todos os outros casos. Mas, no caso dos (pacientes) terminais, os médicos têm de reconhecer que tudo o que se fizer a mais não trará benefício real ao paciente. Ele vai ser colocado num tubo e só se vai prolongar o morrer — disse o presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto D’Ávila.
Outra novidade é a possibilidade do testamento vital. Qualquer pessoa poderá registrar em cartório documento apontando as pessoas que podem decidir sobre questões vitais que o concernem, caso esteja inconsciente. O futuro paciente poderá registrar quais procedimentos autoriza.

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