Foram-se os tempos em que o PT imaginou poder tornar-se o maior partido nacional, em número de deputados e senadores. As eleições de 2002 deram aos companheiros essa ilusão, mas 2006 os fez cair na realidade e, este ano, virá a comprovação: o PMDB permanecerá com o controle da Câmara e do Senado.
Sendo assim, tanto faz para o maior partido nacional o resultado das eleições presidenciais de outubro. Nem Dilma Rousseff nem José Serra conseguirão governar sem ele.
É evidente que pela falta de um programa de governo, de uma ideologia ou de uma doutrina capazes de definir os rumos da nação, o PMDB mais parece um corpo insosso, amorfo e inodoro que ocupa os espaços institucionais do país.
Depois de ser o aríete responsável pela volta à democracia, transformou-se num conglomerado de interesses menores, até conflitantes, empenhados apenas em usufruir das benesses do poder. É pena, mas nada vai mudar em termos parlamentares, ou seja, o atraso continuará até que algum outro valor apareça e substitua a esperança fracassada um dia expressa pelo PT.
Carlos Chagas
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