enviado por alex
As duas revistas deram, nesse fim-de-semana, reportagens (discretas, sem estardalhaço), sobre a "Operação Castelo de Areia". Lembram? A PF descobriu – com um executivo da Camargo Correia – planilhas com doações (amplas, ilegais e muito bem escrituradas) para políticos diversos.
A reportagem de "Veja" você pode ler aqui – http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/homem-bomba-tucano-aloysio-nunes-559591.shtml .
A de "Época" está aqui – http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI140500-15223,00-ECOS+DO+BURACO+TUCANO.html.
O estranho é que – nos bastidores da imprensa paulista – há vários meses circula o relatório final da "Operação Castelo de Areia", da PF.
O "Estadão" teve acesso ao relatório. Um dos mais experientes repórteres do jornal teve o relatório em mãos. Mostrou aos chefes. Isso há quase 6 meses. Era uma pancada muito forte nos tucanos (apesar de o relatório atingir políticos de vários partidos, inclusive do PT). A ordem no "Estadão", segundo uma fonte do Escrevinhador, foi: "esqueça isso, não vamos dar".
O repórter – contrariado – acatou a ordem. Mas cópias do material começaram a surgir em outras redações…
A "Folha" também teria conseguido. Lá, também, o material teria sido vetado. Motivos óbvios: criava constrangimentos para um candidato aliado.
As revistas também tinham o relatório… Isso há vários meses.
Por que, então, só agora "Veja" e "Época" entraram na história? Por que ficaram restritas a alguns nomes do tucanato, e não deram mais detalhes? Por que, na "Veja", o alvo foi Aloysio Nunes Ferreira (homem-forte de Serra, candidato tucano ao Senado por São Paulo)?
Alguns enxergam nisso um recado a Serra, exatamente na semana em que ele resolveu declarar que é de "esquerda", em que resolveu bater boca com a Miriam Leitão, contrariando um dos ícones do pensamento (neo) liberal – a tal "independência" do Banco Central.
A turma do Instituto Millenium estaria insatisfeita com Serra? O candidato estaria se mostrando indisciplinado, incapaz de defender o "programa" estabelecido pelo PIG? Por isso, as revistas resolveram dar uma "pitadinha" da Castelo de Areia, como a avisar: batemos no Aloysio; ou você toma jeito ou temos material guardado também contra você – ou já esqueceu?
Não se esqueçam, caros leitores, que, nos primeiros relatos sobre a Castelo de Areia, muito antes do relaório final sair, apareciam na imprensa referências a doações ilegais para "Palácio Band" – http://www.rodrigovianna.com.br/forca-da-grana/pf-investiga-propina-pra-palacio-band-a-casa-caiu.
Rapidamente, as reportagens foram interrompidas. Para ressurgir agora…
Quem era o inquilino do Palácio dos Bandeirantes até dois meses atrás? Agora, "Epoca" e "Veja" deixaram o Palácio de fora…
Há outra hipótese para as matérias simultâneas de "Epoca" e 'Veja": as revistas estariam sabendo que uma TV de São Paulo tem o relatório em mãos, e prepara reportagens para os próximos dias? Dar o material antes (e, estrategicamente, de forma bem limitada) foi uma "vacina": se a notícia aparecer na TV, a turma do Serra poderá dizer "ah, mas isso aí até a "Veja" já deu…".
Por último, uma pergunta: "Veja" não vai brindar seus leitores com a parte do relatório da PF em que um de seus supostos jornalistas aparece na suposta planilha da Camargo Correia, lado a lado com um ex-secretário de Serra-Kassab?
De acordo com fontes desse Escrevinhador que viram o relatório da PF, o suposto jornalista teria – pelo menos – 50 mil motivos para defender as posições que defende – seja em seus textos na revista, seja em seus textos no blog que escorre pelo esgoto na internet.
50 mil motivos! Vocês acham que é muito ou pouco?
Aliás, um jornalista da "Veja" mostrava-se, já em 2009, muito preocupado com as investigações – http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/castelo-de-areia-e-ilegalidades/
As duas revistas deram, nesse fim-de-semana, reportagens (discretas, sem estardalhaço), sobre a "Operação Castelo de Areia". Lembram? A PF descobriu – com um executivo da Camargo Correia – planilhas com doações (amplas, ilegais e muito bem escrituradas) para políticos diversos.
A reportagem de "Veja" você pode ler aqui – http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/homem-bomba-tucano-aloysio-nunes-559591.shtml .
A de "Época" está aqui – http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI140500-15223,00-ECOS+DO+BURACO+TUCANO.html.
O estranho é que – nos bastidores da imprensa paulista – há vários meses circula o relatório final da "Operação Castelo de Areia", da PF.
O "Estadão" teve acesso ao relatório. Um dos mais experientes repórteres do jornal teve o relatório em mãos. Mostrou aos chefes. Isso há quase 6 meses. Era uma pancada muito forte nos tucanos (apesar de o relatório atingir políticos de vários partidos, inclusive do PT). A ordem no "Estadão", segundo uma fonte do Escrevinhador, foi: "esqueça isso, não vamos dar".
O repórter – contrariado – acatou a ordem. Mas cópias do material começaram a surgir em outras redações…
A "Folha" também teria conseguido. Lá, também, o material teria sido vetado. Motivos óbvios: criava constrangimentos para um candidato aliado.
As revistas também tinham o relatório… Isso há vários meses.
Por que, então, só agora "Veja" e "Época" entraram na história? Por que ficaram restritas a alguns nomes do tucanato, e não deram mais detalhes? Por que, na "Veja", o alvo foi Aloysio Nunes Ferreira (homem-forte de Serra, candidato tucano ao Senado por São Paulo)?
Alguns enxergam nisso um recado a Serra, exatamente na semana em que ele resolveu declarar que é de "esquerda", em que resolveu bater boca com a Miriam Leitão, contrariando um dos ícones do pensamento (neo) liberal – a tal "independência" do Banco Central.
A turma do Instituto Millenium estaria insatisfeita com Serra? O candidato estaria se mostrando indisciplinado, incapaz de defender o "programa" estabelecido pelo PIG? Por isso, as revistas resolveram dar uma "pitadinha" da Castelo de Areia, como a avisar: batemos no Aloysio; ou você toma jeito ou temos material guardado também contra você – ou já esqueceu?
Não se esqueçam, caros leitores, que, nos primeiros relatos sobre a Castelo de Areia, muito antes do relaório final sair, apareciam na imprensa referências a doações ilegais para "Palácio Band" – http://www.rodrigovianna.com.br/forca-da-grana/pf-investiga-propina-pra-palacio-band-a-casa-caiu.
Rapidamente, as reportagens foram interrompidas. Para ressurgir agora…
Quem era o inquilino do Palácio dos Bandeirantes até dois meses atrás? Agora, "Epoca" e "Veja" deixaram o Palácio de fora…
Há outra hipótese para as matérias simultâneas de "Epoca" e 'Veja": as revistas estariam sabendo que uma TV de São Paulo tem o relatório em mãos, e prepara reportagens para os próximos dias? Dar o material antes (e, estrategicamente, de forma bem limitada) foi uma "vacina": se a notícia aparecer na TV, a turma do Serra poderá dizer "ah, mas isso aí até a "Veja" já deu…".
Por último, uma pergunta: "Veja" não vai brindar seus leitores com a parte do relatório da PF em que um de seus supostos jornalistas aparece na suposta planilha da Camargo Correia, lado a lado com um ex-secretário de Serra-Kassab?
De acordo com fontes desse Escrevinhador que viram o relatório da PF, o suposto jornalista teria – pelo menos – 50 mil motivos para defender as posições que defende – seja em seus textos na revista, seja em seus textos no blog que escorre pelo esgoto na internet.
50 mil motivos! Vocês acham que é muito ou pouco?
Aliás, um jornalista da "Veja" mostrava-se, já em 2009, muito preocupado com as investigações – http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/castelo-de-areia-e-ilegalidades/
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