Se Dilma Rousseff perder a eleição por causa do aborto será um vexame. Um vexame para o Brasil.
Muitas críticas legítimas podem ser feitas – e têm sido feitas – à candidata do PT. Mas levar sua frase a favor da descriminalização do aborto para o centro do debate sucessório é casuísmo rasteiro. É desonesto.
Há várias razões para se considerar a hipótese de um governo Dilma arriscada e problemática. Elas têm sido expostas fartamente na campanha. Se o eleitorado será ou não sensível a elas, é problema do eleitorado.
Mas, definitivamente, não é a posição de Dilma sobre o aborto que fará dela uma boa ou má presidente.
Se os métodos políticos da candidata de Lula são condenáveis, a pegadinha do aborto iguala os críticos de Dilma ao que deploram nela. É jogo sujo.
O PT já cansou a beleza do Brasil com o politicamente correto como fachada do administrativamente incorreto – os fins nobres justificando os meios torpes.
A oposição, pelo visto, quer aderir ao lema, com sua evangelização eleitoral. É o caixa dois da moralidade.
Não há absurdo algum no que Dilma Rousseff declarou sobre o aborto. Trata-se de um assunto complexo, grave, que não está resolvido em lugar algum do mundo. Nem os filósofos deram, até hoje, uma boa resposta para o drama da gravidez indesejada.
A única certeza é que o Brasil o trata com proverbial hipocrisia. A ponto de uma candidata a presidente ter que fugir dele para não perder uma eleição. Chocante.
No debate da TV Bandeirantes, a candidata do PT voltou ao fetiche da privatização, com uma mistificação bizarra sobre uma suposta entrega do pré-sal aos estrangeiros. Táticas desse tipo precisam ser desmascaradas.
Mas os que carimbam Dilma como a candidata do aborto não têm autoridade para tal. Estão todos irmanados na fraude.
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