O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), disse nesta quarta-feira, que concluída a escolha da equipe econômica a presidenta eleita Dilma Rousseff "terá uma ideia de que forma os partidos da base devem ajudá-la a compor a equipe de governo". O presidente nacional da legenda, reeleito por mais quatro anos para o Executivo pernambucano, fez a afirmação após se reunir com o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Machado, em Brasília.
Eduardo Campos se encontrou na última segunda-feira, com Dilma e disse que tem conversa marcada com ela para a próxima semana. Sobre a possibilidade de Ciro Gomes assumir o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na gestão da petista, como chegou a ser especulado pela imprensa, o governador afirmou que o deputado federal do PSB do Ceará é um bom nome para qualquer função pública no Brasil. Mas garantiu, no entanto, que Ciro Gomes não está sendo sondado.
"Isso não está sendo colocado. Nem Ciro está pleiteando isso nem o PSB está tratando desse assunto. Ela [Dilma] sabe que o PSB tem todo interesse que o governo dela dê certo, tenha êxito", disse. Eduardo Campos disse ainda que o partido quer ter com a presidenta eleita a mesma relação que foi mantida com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva: "Uma relação de correção e de companheirismo. O importante é manter essa qualidade da relação que tivemos sempre também com ela quanto candidata e vamos ter enquanto presidenta da República".
O governador esteve no Ministério da Fazenda, segundo ele, para pedir que os projetos do estado de Pernambuco no âmbito da Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex) sejam incluídos na pauta e analisados em uma reunião marcada para a próxima semana. "Não é coisa muito expressiva. Dá algo como US$ 250 milhões para a área rural, no setor de sustentabilidade hídrica e arranjos produtivos no Semiárido, e modernização da máquina pública, como planejamento e gestão e também ligados à fazenda pública", disse.
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