Embora a visita não tenha sido confirmada oficialmente pelo governo americano, diplomatas brasileiros informaram que o Conselho de Segurança Nacional enviou um convite para Dilma, cuja posse está marcada para 1.º de janeiro. A data da visita ainda está em negociação.
O formato desse segundo encontro entre Dilma e Obama deverá ser o mesmo da reunião, em Washington, ocorrida em dezembro de 2002, quando o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, encontrou-se com George W. Bush. Como a visitante ainda não é uma chefe de Estado, a reunião tenderá a ocorrer no gabinete do conselheiro de Segurança Nacional, Tom Donilon. Obama somente receberá Dilma no Salão Oval em uma futura visita, depois de empossada como presidente da República.
Temas. Conforme as informações da equipe de Dilma, a presidente eleita pretende convidar Obama a visitar o Brasil em 2011. Nos dois encontros, eles deverão tratar da crise cambial, projetos para o desenvolvimento sustentável, a possibilidade de o Brasil vir a se tornar grande produtor de petróleo - e fornecedor para mercados como o dos Estados Unidos -, a necessidade de fortalecer o comércio bilateral e uma agenda comum para a América do Sul e Central e para o Caribe.
Dilma manteve rápido encontro com Obama na reunião de cúpula do G-20, grupo das maiores economias do mundo, na semana passada em Seul. A ocasião resumiu-se à apresentação de Dilma a Obama pelo presidente Lula. Antes disso, em 21 de julho de 2009, a então ministra da Casa Civil foi convidada pelo general James Jones, então conselheiro de Segurança Nacional, para uma conversa na Casa Branca. Ela atuava como representante do governo brasileiro no 4.º Fórum de CEOs. Durante o encontro, na sala de Jones, Obama surgiu e conversou com ela.
Na última sexta-feira, no retorno da delegação brasileira da Coreia do Sul, Dilma pisou pela primeira vez nos EUA como presidente-eleita. O evento se deu no Alasca, onde o avião presidencial pousou para reabastecimento. Porém, não houve encontros com autoridades americanas.
Dilma e Lula apenas conversaram com o embaixador do Brasil em Washington, Mauro Vieira, sobre os resultados das eleições legislativas dos EUA e a situação política na Argentina.
Em palestra na Universidade Johns Hopkins, o embaixador Vieira sugeriu que o próximo encontro do Fórum de CEOs ocorra em dezembro no Brasil. Segundo ele, seria "excelente oportunidade de uma primeira mensagem" de Dilma à comunidade empresarial do Brasil e dos EUA. Conforme afirmou aos estudantes, as relações devem se tornar "ainda mais profundas" durante a gestão da futura presidente.
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