Apple e Google devem revolucionar os jogos sociais

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O mercado global de games testemunhará, em 2011, dois acontecimentos que deverão transformá-lo de maneira profunda: a entrada da Apple no setor e a presença do Google no bilionário negócio dos jogos sociais. 

Em 2010, a Apple voltou os seus radares para os games. Em seus encontros com a imprensa, Steve Jobs fez questão de mencionar o tema. O Game Center, serviço dedicado a usuários de iPad, iPhone e iPod Touch entrou em funcionamento. Mas isso é pouco em relação ao que está por vir, segundo consultores do mundo da tecnologia: o lançamento de um console Apple (com tudo que isso significa em termos de design e funcionalidade) para competir com PlayStation 3, Xbox 360 e Wii.

Sinais semelhantes de interesse pelos games eram emitidos pelo Google em 2010. O gigante da internet investiu 200 milhões de dólares na  Zynga, empresa que transformou FarmVille e CityVille em fenômenos no Facebook. Mas fez mais que isso: comprou a Labpixies, a Slide e a SocialDeck, todas companhias do ramo de jogos sociais.              

Confira, a seguir, o que deve virar notícia nos próximos meses:

  A Apple e os games

Em setembro de 2010, a Apple provou o quão importante são os games para o seu negócio. A companhia de Steve Jobs anunciou o serviço Game Center, que permite aos usuários do sistema operacional iOS 4.1 (iPod Touch e iPhone) e iOS 4.2 (iPad) disputar partidas com jogadores de todo mundo. Uma pesquisa realizada pela empresa de consultoria Newzoo, em setembro, ilustra a resposta dos consumidores aos investimentos que a Apple tem feito no setor. Segundo o levantamento, 40 milhões de pessoas utilizam o iPod Touch, o iPhone ou o iPad para jogar, enquanto apenas 18 milhões utilizam o PSP (portátil da Sony) para o mesmo fim. Rumores apontam que a companhia está prestes a dar um passo ainda maior ao lançar, em 2011, um novo console.       

- Jogos sociais

CityVille, o novo fenômeno da Zynga

'CityVille', o novo fenômeno da Zynga, ultrapassou o 'FarmVille' em popularidade e conquistou 62 milhões de usuários (Imagem: Reprodução) 

O mar está para peixe no mundo dos jogos sociais. Depois de um ano bom para os negócios, a expectativa é de que as companhias de sucesso, como Zynga e Crowdstar, sejam adquiridas por empresas maiores, o que lhes garantiria fôlego financeiro para continuar desenvolvendo títulos de sucesso como FarmVille. A boa fase também é testemunhada por companhias brasileiras, como a Vostu, dona dos jogos Mini Fazenda, Café Mania, Pet Mania, Vostu Poker, Rede do Crime e Joga Craque, todos populares no Orkut, a maior rede social do país. Em novembro, a empresa, que possui escritórios em Nova York, Buenos Aires e São Paulo, recebeu 46 milhões de dólares de investimento e passou a valer 300 milhões de dólares. Os frutos dessas consolidações serão colhidos em 2011.

-  Pirataria nos games

Interface de convergência entre a Xbox Live e o Facebook

Microsoft e a convergência: Xbox Live, rede on-line do videogame Xbox 360, conecta jogadores ao Facebook (Imagem: Divulgação)

A pirataria é um dos mais sérios empecilhos para a indústria de games, principalmente em mercados em desenvolvimento. Para enfrentar o problema, as empresas têm direcionado seus esforços a estratégias de lançamento on-line, onde há uma significativa redução de custos – graças à extinção da embalagem e ao fim das dificuldades de 0 distribuição - e onde sistemas de autenticação impedem que usuários explorem toda as fases de um jogo, caso sua cópia não seja legal. Para fidelizar esses jogadores, a tendência é que as empresas de software (games) apostem em periódicas atualizações, como o lançamento de capítulos inéditos e novos recursos. Aliada aos avanços das redes virtuais, como Xbox Live e PlayStation Network, a 'nuvem' será a nova prateleira e os games ganharão atenção especial de gigantes da tecnologia, como Apple e Google. Uma recente previsão da publicação americana Forbes confirma tal hipótese. Segundo a revista, até 2020 os discos físicos tendem a desaparecer das lojas, dando espaço aos downloads sob demanda.  

- A volta por cima da Nintendo 

Reuters

Nintendo 3DS: primeiro portátil tridimendional que dispensa totalmente o uso de óculos especiais (Foto: Reuters) 

A japonesa Nintendo é uma das empresas mais tradicionais do setor e perdeu espaço, em 2010, para Microsoft e Sony, suas principais concorrentes. Os sensores Kinect e Move conquistaram novos adeptos, ofuscaram o sucesso do console Wii e forçam a companhia a dar a volta por cima em 2011. O primeiro passo na retomada do mercado será dado no primeiro semestre, quando a companhia lançará o portátil Nintendo 3DS, o primeiro videogame 3D que dispensa o uso de óculos. A adequação ao cenário atual, no entanto, só acontecerá em sua plenitude no final de 2011, quando a Nintendo lançará uma nova e mais poderosan versão do Wii, hipoteticamente chamada de Wii HD ou Wii 2.

por Renata Honorato



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