Ex-blog do Cesar Maia

Egito resistiu a crise econômica. Mas, a crise política...

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Cesar Maia

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1. Nestes últimos oito dias, a interrupção do trabalho em numerosas unidades de produção, a paralisação do sistema bancário, a censura dos meios de comunicação e tantos outros óbices que tardarão algum tempo para serem normalizados, concorrerão para a quebra do desenvolvimento do país. O turismo, por exemplo, que representa 11% do PIB e é um poderoso gerador de empregos diretos e indiretos, ficará prejudicado por muito tempo.

2. O setor industrial, relativamente diversificado na comparação com os demais países da região (têxteis, montagem de veículos, fertilizantes, informática, etc.), sofrerá bastante com a repatriação dos empregados de grupos estrangeiros e com o fechamento de certas unidades de produção. A inflação, que já chegava a 11% (20% para produtos alimentícios), tenderá a disparar. Isso afeta particularmente as classes menos favorecidas.

3. Cerca de 20% da população vive abaixo do nível de pobreza e mais 20% pouco acima desse nível. Tais grupos sobrevivem porque podem adquirir determinados produtos de base, como o pão, que são subvencionados. Em seu discurso (01), Hosni Mubarak prometeu "aumentar o nível de vida, desenvolver os serviços e apoiar os pobres". Isso significa, provavelmente, o aumento das subvenções e, consequentemente, a elevação das pressões inflacionárias, com efeitos sobre as finanças públicas, que haviam sido saneadas nos últimos anos por Yussef Boutros Ghali, Ministro das Finanças (desde 2004), demitido com todo o gabinete.

4. Este Ministro de Estado (por sinal, copta), bem conhecido e respeitado na comunidade internacional, esteve na origem das grandes reformas econômicas realizadas pelo país nos últimos cinco anos, que criaram um setor bancário sólido. Com um crescimento de seu PIB em torno dos 5% nos últimos dois anos, o Egito resistiu bem à crise internacional e pode empreender importantes reformas que apoiaram o desenvolvimento econômico. Mas esse desenvolvimento não alcançou senão marginalmente as classes mais pobres, que permanecem na miséria, sem acesso pleno À educação e à saúde.

5. São dados que ajudam a entender a revolta popular.

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ITAIPU: UM CASO COMPLEXO PARA DILMA ENFRENTAR!

1. Ontem, a imprensa do Paraguai divulgava notas que orientarão o governo na revisão do Tratado de Itaipu durante a visita da presidente Dilma Rousseff. Essas notas contrariam o Tratado de Itaipu, que estabelece a impossibilidade de suas disposições serem modificadas até 2023. Além disso, aumentarão os preços da energia elétrica no Centro-Sul do Brasil.

2. (ABC Color, 02) Notas de revisão de Itaipu seriam aprovadas no final de fevereiro. O Governo de Fernando Lugo acredita que, antes da visita oficial que será feita pela presidenta brasileira Dilma Rousseff, prevista para 26 de março, o Congresso Brasileiro aprovará os acordos assinados de Itaipu, firmados em junho de 2009. Assim afirmou ontem o chanceler Héctor Lacognata. Esta é uma nova promessa do sócio paraguaio de Itaipu, que vem atrasando sem justificativa a aprovação de um aumento no valor recebido pelo Paraguai para ceder sua energia. Veremos quanto mais se espera.

3. Este Ex-Blog volta a sublinhar que nada pode ser resolvido sem passar pelo Senado do Brasil. E nada está resolvido até aqui. E lembra que técnicos do Ministério de Minas e Energia são totalmente contra as pretensões do Paraguai.

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INDÚSTRIA: CONSUMO DOS MAIS POBRES  TEM RESULTADO PÍFIO EM 2010!
                   
1. O bem estar dos trabalhadores e dos mais pobres é também medido pela demanda de bens industriais de consumo básico, classificados como "semiduráveis e não duráveis".  O resultado desse setor em 2010 foi pífio, ficando muito abaixo de outros setores.  
                    
2. Tomando como comparação o resultado Geral da Indústria, o setor de bens semiduráveis e não duráveis cresceu, em dezembro de 2010 comparando com dezembro de 2009, 0,4%, enquanto a Indústria Geral cresceu 2,7%. No ano seu crescimento foi a metade: 5,2% contra 10,5%.
                    
3. São números que confirmam os dados recentes do IBGE sobre salários, que acusaram uma queda real entre 2009 e 2010.
                     
4. Conheça a tabela do IBGE para a Indústria em 2010.

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MAPA BRITÂNICO ONLINE PERMITE ACESSAR DELITOS POR RUAS !

(ANSA – Londres, 02) 1. O governo britânico anunciou o funcionamento do primeiro mapa online do delito na Inglaterra e Gales, que permitirá a população saber que delitos são cometidos nas diversas ruas do país. A ministra do Interior britânica, Theresa May, afirmou que os cidadãos haviam perdido a confiança nas cifras de delitos cometidos em nível nacional e agregou que os mapas darão números reais e farão com que a tarefa da Polícia seja mais bem avaliada.

2. A população poderá ver em detalhe a informação sobre os casos e o comportamento considerado antissocial introduzindo os dados de sua rua, código postal ou a cidade onde vive.

3. O site da Internet www.police.uk (que custou 500 mil dólares), determina quantos e que tipo de delitos se cometeram nas zonas ou ruas requeridas, a frequência desses atos delitivos, e inclusive proporciona imagens de câmeras de segurança com fatos criminosos. Também informa sobre o policial a cargo da zona requerida.

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A CRISE NA BÉLGICA NÃO TERMINA!

1. Desde 13/06/2010 não se consegue formar um novo governo na Bélgica, devido a desentendimentos entre francófonos e flamengos. O rei Albert II acaba de confiar a Didier Reynders, recém-exonerado Ministro das Finanças, a missão de tentar a mediação entre as duas comunidades, com a recomendação para transmitir-lhe um relatório até 16 do corrente.

2. Trata-se de missão espinhosa, particularmente sobre a questão do distrito eleitoral bilíngue de Bruxelles-Hal-Vilvorde ("BHV") e o refinanciamento de Bruxelas, a menor das três regiões belgas, confrontada com graves problemas financeiros. Há ainda a necessidade de transferir competências suplementares do Estado federal para as regiões (Flandres, Valônia e Bruxelas) e sobre seu modo de financiamento.

3. Já são 234 dias de crise. Na Bélgica estão as sedes da União Europeia e da OTAN.













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