Não dá para aceitar o comportamento dos parlamentares petistas - e de partidos aliados - que se ausentaram sem justa causa e/ou votaram contra o governo na sessão em que a Câmara dos Deputados aprovou, na madrugada de ontem, a nova política salarial para o país e o aumento do salário mínimo para R$ 545,00.
Sem entrar no mérito da questão da disciplina partidária e de suas conseqüências, o foco dessa discussão é outro. Trata-se de um comportamento inaceitável e desleal com a bancada e o partido. Depois de 8 anos de governo já aprendemos - pelo menos é tempo de os governistas terem aprendido - que não se pode pretender defender o governo apenas quando temos bônus e não fazê-lo quando temos ônus.Trata-se, pura e simplesmente, de uma desqualificação da ação e atuação de um partido de governo. Com o agravante de que a política e o acordo do salário mínimo, as regras que regerão seus reajustes daqui para a frente - a inflação dos últimos 12 meses e a variação do PIB de 2 anos atrás - foram aprovados e aplaudidos por todos, bancada e partido, quando apreciados pelo Congresso Nacional.
Mínimo agora tem aumento certo todo ano
Teve, então, a chancela das centrais sindicais - dos trabalhadores, portanto - da área econômica do governo ativa, participante da negociação, dos setores responsáveis da economia nacional, do país enfim.Fora o fato de que o salário mínimo aumentou sim este ano, seu reajuste foi feito dentro das regras do acordo e irá aumentar praticamente todos os próximos anos à medida que manteremos e daremos continuidade à política de crescimento econômico do país seguida nos últimos 8 anos.
É dentro desse quadro, e observadas as regras dessa política salarial estabelecida que o salário mínimo, dentro de 10 meses, no ano que vem, já ultrapassará os R$ 600,00, demagógica e irresponsavelmente propostos na campanha eleitoral pela oposição no ano passado - derrotada nas urnas, diga-se de passagem.
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