Oriente Médio

images?q=tbn:ANd9GcTjOI61LRUzKFR_bsYjFqG4ctxdVp_msl-JM_NQ9XFGQTl6tkmbA situação nos países árabes se agrava e as causas estão na falta de liberdade e nas condições de vida, desemprego, imigração e pobreza, agravadas em alguns casos com a corrupção dos regimes e seu caráter monárquico, familiar e oligárquico. Nesse cenário, a internet tem tido um papel relevante, dado a juventude de suas populações, assim como a disseminação da educação. Não vejo como estopim dos conflitos a questão religiosa, o islamismo, apesar de seu papel no Egito, onde a Irmandade já fazia oposição ao regime há décadas.

As manifestações de protestos no Oriente Médio e na África continuam se espalhando e, agora, chegaram ao Djibuti e se intensificaram no Marrocos, com a presença de movimentos religiosos e sindicatos, ONGs, juventude e partidos de oposição.

Não haverá solução rápida e imediata, ainda que regimes possam cair, como foi o caso do Egito e da Tunísia. Apenas é o começo de um processo de mudanças estruturais, políticas e sociais. Os acontecimentos na Líbia, Iêmen e Bahrein revelam que os regimes aprenderam com a experiência da Tunísia e do Egito, mas o fato é que historicamente repete-se nos países árabes a época de mudanças que varreu a América do Sul e Latina nos últimos 15 anos. A pergunta que devemos fazer é até quando a Europa ficará imune às mudanças e revoltas populares?

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