Há ainda pólvora no ar, resquícios da campanha eleitoral mais suja da história. Há setores que ganharam proeminência com a radicalização e não querem abrir mão do espaço conquistado. É muito mais um estado de espírito latentes do que radicalismo institucionalizado.
Institucionalmente, caminha-se para um novo arranjo, preparando a era pós-Lula.
Com exceção do inacreditável O Globo, os jornais deixaram de lado a extrema parcialidade e a briga com os fatos que caracterizaram os últimos anos. A operação detente de Dilma ajudou a baixar a fervura.
Toda a guerra contra Lula se baseava em questões pontuais, a maior parte irrelevante, a regulação da mídia – dramatizada pelos jornalões como ameaça à liberdade de imprensa -temas da guerra fria, Irã, enfrentamentos verbais, baboseiras em relação à suposta influência de Chávez e de Cuba, um discurso pré-64 requentado.
Todo esse conjunto de críticas espelhava uma realidade tão vaga e distante, que bastaram o fim das eleições e os primeiros acenos de Dilma para esvaziá-lo.
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