Por que me negas teu sorriso claro?
Por que não tomas o meu corpo, enfim,
Já que és o remédio com que sei que saro?
Saro de mágoas, dores e desejos
Quando tu entras neste meu deserto,
Neste meu corpo - um trópico de beijos
Que mais se aquece quando chegas perto.
Por que não vens e calas minha voz,
Colando a boca no que em vão persiste,
Para que eu sinta morto o meu algoz .
A me teimar, dizer que não existe
O que desejo do pronome nós
No linguajar esquálido do triste?
autor desconhecido
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