SP sintetiza disputa eleitoral de 2012 e PT sai bem na largada
A pouco mais de um ano da eleição municipal, tudo indica que São Paulo mais uma vez vai sintetizar no país a disputa eleitoral de 2012. Fez muito bem o PT, no II Congresso dos diretórios zonais da capital, no fim de semana, ao aprovar resolução no sentido de que o partido escolha seu candidato a prefeito paulistano já até o fim deste ano.
Com a fundação do seu PSD, o prefeito da Capital, Gilberto Kassab (ainda DEM-PSDB) deu início, na prática, à campanha eleitoral para a prefeitura. Tanto ele quanto o governador tucano Geraldo Alckmin - este, por razões inconfessáveis - querem como candidato a prefeito José Serra, o concorrente das oposições ao Palácio do Planalto derrotado no ano passado pela presidenta Dilma Rousseff.
Os partidos aliados do PT em nível nacional, PSB, PDT E PC do B já estão fechados com o prefeito Kassab na Câmara Municipal paulistana e participam de seu governo. O PSB sempre participou dos governos tucanos no Estado e o próprio PDT caminha para apoiar o governo Alckmin.
PT na corrida com candidato até o fim do ano
Assim, o PT agiu corretamente ao não participar desse movimento e reafirmar sua oposição ao governo Kassab. Como deliberou acertadamente agora, no congresso dos zonais ontem, ao reiterar seu propósito de disputar com candidato(a) próprio(a) a Prefeitura da maior cidade do país, que já governou - e bem - por 2 vezes com as prefeitas Luiza Erundina (1989-1992) e Marta Suplicy (2001-2004).
Já o PMDB, também caminha para candidatura própria, o que cria condições para um diálogo e uma aliança no 2º turno. Seu candidato, com chances reais, poderá ser Gabriel Chalita (PSB-SP), hoje deputado federal pelo PSB, legenda que poderá trocar até outubro pela peemedebista.
Resta saber o que farão o PSDB e seu aliado o DEM, se José Serra não aceitar mesmo e não for o candidato a prefeito - a única candidatura que ele quer, de novo (já foi e perdeu em 2002 e 2010) é a de presidente da República em 2014.
PSDB rachado e DEM desidratado
Se vier a rever essa determinação, e sair candidato a prefeito, ele vai por um PSDB rachado - na capital entre vereadores e a cúpula dirigente; no Estado entre ele e o governador Alckmin; e no plano nacional entre ele e o senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Um PSDB dividido e um DEM desidratado em São Paulo, já que até o vice-governador de Alckmin, Guilherme Afif Domingos (DEM) foi para o PSD de Kassab e corre o risco de perder o cargo de secretário de Estado no governo tucano.
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