[...] a mais nova
De tempos em tempos somos surpreendidos com a descoberta de maracutaias monumentais, praticadas através dos anos sem conhecimento da nação. Já foram os tais cartões corporativos, assalto ao erário praticado por montes de governantes. Há pouco, soubemos da existência dos tais bônus semestrais pagos a diretores de empresas estatais, valores bem superiores à soma de seus vencimentos anuais. Um escândalo, porque se igualam aos dirigentes de empresas privadas que distribuem o que é deles, enquanto nas estatais, refestelam-se no que é público.
Pois agora acaba de ser exposta outra caverna do Ali Babá, também daquelas abertas há décadas nos planos municipal, estadual e federal. São os tais conselhos de empresas públicas e até da administração direta, para os quais são nomeados secretários, ministros, altos funcionários e até protegidos e amiguinhos de prefeitos, governadores e presidentes da República. Recebem, os felizardos, polpudos jetons a pretexto de participarem de bissextas reuniões nas empresas para as quais foram aquinhoados.
Na prefeitura de São Paulo levantou-se apenas a ponta do tapete. No país inteiro é a mesma coisa, nos três planos administrativos. Os conselhos servem para reforçar os vencimentos dos detentores do poder, ou para acudir a falta de caixa de seus aliados. O diabo é que tudo se faz com dinheiro público, sem a contrapartida de estarem contribuindo para a melhoria da administração das empresas estatais e sucedâneos.
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