PM tem um patrimônio de milionário Esse soldado PM, João Dias Ferreira, que já foi filiado ao PC do B, partido do ministro, aparece também como dono de uma rede de academias de ginástica. E Célio Soares Pereira, a pessoa indicada por ele para reforçar suas acusações, é seu funcionário, gerente de uma das academias de sua propriedade.
Pelos critérios investigativos mais razoáveis, qualquer um procuraria saber, em primeiro lugar, como um soldado da PM conseguiu reunir esse patrimônio. A polícia e o ministério público certamente já sabem.
Segundo a revista, durante o inquérito policial os outros quatro presos "concordaram em falar à polícia. Contaram em detalhes como funcionava a engrenagem. O soldado João Dias, porém, manteve-se em silêncio sepulcral". Ele contava que o próprio ministro do Esporte livraria sua cara: "O Orlando me prometeu que ia dar um jeito de solucionar e que tudo ia ficar bem" - declarou à Veja.
E admitiu que fez todo tipo de pressão para que o livrassem do processo criminal e da obrigação de devolver ao Ministério R$ 3,16 milhões desviados. Procurou pessoalmente o então secretário nacional de Esporte Educacional, Júlio Cesar Filgueira, para tirar satisfação. O encontro foi na secretaria. O próprio João Dias conta o que aconteceu: "Eu fui lá armado e dei umas pancadas nele. Dei várias coronhadas e ainda virei a mesa em cima dele. Eles me traíram".
A revista a rigor nada revela e ainda fica nos devendo informações elementares: Diz a matéria: "as ONGs, segundo ele, só recebiam os recursos mediante o pagamento de uma taxa previamente negociada que podia chegar a 20% do valor dos convênios". No mínimo, o repórter localizaria alguma ONG e publicaria seu depoimento.
Diz a matéria: "O partido indicava desde os fornecedores até pessoas encarregadas de arrumar notas fiscais frias para justificar despesas fictícias". Não seria difícil dar nomes de alguns fornecedores ou autores de notas frias. Nenhum nome aparece, porém.
Na matéria, Célio Pereira, funcionário do PM, diz: "Eu recolhi o dinheiro com representantes de quatro entidades aqui do Distrito Federal que recebiam verba do Segundo Tempo e entreguei ao ministro, dentro da garagem, numa caixa de papelão. Eram maços de notas de 50 e 100 reais" Para ganhar credibilidade, esse relato teria que apontar os nomes das quatro entidades das quais ele havia recolhido o dinheiro.
Reporta ainda a matéria: "João Dias diz que Fredo Ebling era um dos camaradas destacados por Orlando Silva para coordenar a arrecadação entre as entidades. O policial relata um encontro em que Ebling abriu o bagageiro de seu Renault Mégane e lhe mostrou várias pilhas de dinheiro. "Ele disse que ia levar para o ministro", afirma". Sinceramente, tem cabimento o sujeito ficar mostrando a outro dinheiro arrecadado indevidamente?
Na entrevista publicada com a matéria, o repórter pergunta: "O senhor deu dinheiro ao esquema?". O policial militar responde: "Não. Exigiram pagamento adiantado a um escritório indicado por eles. Foi feito um contrato de consultoria que depois eu percebi que era fictício".
O repórter nos deve o nome desse escritório, bem como dos fornecedores de alimentos e material esportivo de quem João Dias afirma ter sido obrigado a comprar. Você pode estranhar a minha repugnância a esse tipo de "denúncia" e até achar que resolvi fazer às vezes de advogado do ministro, com quem nunca cruzei.
Mas se for mais racional haverá de entender o porquê da minha desconfiança sobre esta matéria. Nada compromete mais uma reportagem dessa gravidade do que a inconsistência que a permeia, da primeira a última linha. |
TVI demorando um artigo em defesa do ministro Orlando "Tapioca" Silva. Todos os ministros denunciados por Veja por corrupção foram demitidos. Ou Veja tinha razão ou Dilma é injusta e subserviente a Veja.
ResponderExcluirO Tribunal de Contas da União relata desvio de recursos do Ministério dos esportes desde 2006. Todos os ministros da era Lula são bandidos.
Ah, ministro Orlando Silva, então o senhor compra um terreno micado à vista, usando as economias de toda a sua vida, paga com um cheque pessoal, faz questão de colocar o número do cheque na escritura, faz opção por um terreno que não serve para nada e, de repente, não mais que de repente, descobre que ele está sob dutos da Petrobras e que, por isso, será desapropriado. Casualmente, né ministro, a Agência Nacional do Petróleo é comandada por um camarada comunista, amigo seu. E mais casualmente ainda a Petrobras tem convênios que não acabam mais com o seu ministério. Ora, ministro, por que Campinas? Por que todo este cuidado em botar o número do cheque pessoal na escritura, coisa que nenhum comum mortal faria? Por que um terreno tão vagabundo foi ser o destino das economias de toda a sua vida? Ora, ministro, deixa de brincadeira! O povo não é idiota!
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