Declarações da presidenta Dilma em Cuba demarcam nossa política externa

 É isto. Nada mais. As declarações da presidenta Dilma Rousseff sobre direitos humanos, feitas durante a sua visita a Cuba, adquirem maior importância porque demarcam claramente a política externa de nosso país. "Direitos humanos são um tema multilateral", disse a presidenta, "e não podem ser utilizados como arma do combate político-ideológico".


A defesa dos direitos humanos feita pela presidenta, a cobrança para que sejam respeitados e o combate aos que os desrespeitem valem para todos países. Inclusive para os Estados Unidos, que mantém, há décadas, a ignomínia da base de Guantánamo, enclave que ocupam em território cubano.

 

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 Dilma é recebida em Cuba pelo ministro das Relações Exteriores, Bruno Parrilla


Quando se manifestou com relação à concessão de visto pelo Brasil a uma cidadã cubana - a blogueira Yoani Sanches - nossa presidenta lembrou o princípio básico, fundamental, e que deveria prevalecer universalmente, da não intervenção de um país nos assuntos internos dos demais países.

Nada demais, ou que justifique tantas críticas. Ainda que possa ter usado eufemismos, na verdade uma linguagem diplomática, a presidenta quando citou a não intervenção de um país nos assuntos internos dos demais, reafirmou, de novo, a defesa de princípios que ainda governam o mundo, como a autodeterminação dos povos e a soberania a que têm direito todas as nações.

Ela simplesmente falou de princípios que estão inscrito na Carta das Nações Unidas. E que não foram revogados. Nem podem, nem nunca serão.

por Zé Dirceu



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