Iguatu: obra paralisada gera reclamação


Iguatu - Moradores do Bairro Bugi, área nobre desta cidade, reclamam contra a paralisação de obras de pavimentação e drenagem. Há buracos abertos no meio das vias e em calçadas, colocando idosos e crianças em situação de risco. Os serviços estão suspensos há cerca de três meses e o tráfego de veículos na área provoca poeira constantemente.


Desde 2011, os operários trabalham no serviço de pavimentação em pedra tosca, colocação de asfalto e obras de drenagem de águas pluviais em várias ruas do Bairro Bugi.

No cruzamento das vias Júlio Cavalcante com Isaura Amaro, há buracos que foram abertos para colocação de manilhas e rede de captação e escoamento de águas das chuvas. Em alguns pontos, foram escavados buracos sobre as calçadas.

A paralisação dos serviços deixou os moradores preocupados. "Há risco de acidentes com veículos e com crianças e idosos", observa a dona de casa, Conceição Santos. "Sem o calçamento, a poeira está insuportável". Neste período do ano, a terra está seca e se solta com facilidade. O marido de dona Conceição Santos já apresentou problema alérgico relacionado com a poeira e também enfrenta dificuldades para ter acesso à garagem porque há um enorme buraco bem enfrente à casa.

"Nós fazemos um apelo para que a Prefeitura faça logo a conclusão desse serviço", disse a professora Regina Viana Lobo. "Nós ficamos alegres com o início da obra de calçamento e drenagem, que é muito necessária, mas depois ficamos tristes com a paralisação dos serviços", contou. Os moradores esperam que, antes do período invernoso, a obra seja concluída para evitar alagamento e mais transtornos para chegar e sair de casa.

A empresária Eraíza Alencar disse que os moradores da área aguardam a retomada e conclusão da obra com expectativa. "Nós conversamos todos os dias com os moradores e eles mostram preocupação com o serviço que ficou abandonado, para trás", contou. "Essas ruas precisam ser pavimentadas e a obra da drenagem concluída". Temendo ocorrência de acidentes, alguns moradores fixaram troncos e colocaram pranchas sobre os buracos do serviço de drenagem no meio da rua e nas calçadas. Outra reclamação refere-se à colocação de material de construção e de objetos no fim da Rua Júlio Cavalcante. "A Prefeitura já fez uma limpeza, mas os carroceiros voltaram a despejar entulho e até lixo oriundo de granjas", disse o técnico em informática, Carlos Henrique Pinheiro.

"A gente solicita que a Prefeitura faça a limpeza da área e coloque fiscalização para impedir a continuidade do despejo de material que só vai atrair insetos e outros bichos", disse ele.

No cruzamento da Rua Júlio Cavalcante com Avenida Agenor Araújo, parte do canal de drenagem das águas da Lagoa da Telha, no Centro desta cidade, desmoronou há cerca de dois meses com o peso de uma carreta que passou sobre a via. O local está sinalizado com diversas placas indicativas do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), mas os moradores e comerciantes da área temem ocorrência de acidentes e solicitam a recuperação do trecho danificado.

O superintendente do Saae, Edval Lavor, esclareceu que a obra de reconstrução do canal será iniciada na próxima segunda-feira. "Fizemos uma licitação, mas não apareceram empresas interessadas e tivemos que repetir o processo. Uma empresa já foi contratada e a partir da próxima semana a obra será iniciada e concluída em 20 dias".

O construtor Moésio Barbosa, que venceu a licitação, disse que hoje o material já começa a chegar ao local e que o trecho de cruzamento das vias será interditado. "A laje não suportou o peso do caminhão, mas agora vamos fazer uma mais resistente para carga de até 80 toneladas". O secretário adjunto de Infraestrutura, Rusvel Lacerda, disse que há um contrato firmado com uma empresa para a obra de drenagem e pavimentação de ruas do Bairro Bugi, e que iria analisar a causa do atraso e paralisação do serviço.
Honório Barbosa

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