De fato, inúmeras vezes fui duramente cobrado por conhecidos – e outros nem tanto -, gente inclusive que se diz petista (mostram a estrela somente na ocasião de recolher o butim, mas restam silentes, acovardam-se, quando no curso da batalha), por minhas posições “governistas” e “lulopetistas”, que, segundo eles, “não são de esquerda”.
Esperavam esses sectários a revolução socialista, o fim do capital, do Estado, do Direito, da propriedade privada, o “céu na terra”. Projetavam o termo do “reino da necessidade”, substituído pelo “reino da liberdade”. Enfim, almejavam que o Governo Lula, ainda que com poderes limitados, obtivesse tudo aquilo que nem os governos comunistas, no ápice de seu esplendor econômico e com amplos poderes – totalitários -, não realizaram.
Como não acredito em Papai Noel, tampouco confundo política como empreitada messiânica, nunca me iludi com a ideia de um “libertador” ou de um governo “revolucionário”, que realizasse mudanças do dia para a noite (a tal transformação qualitativa representada pela água que entra em ebulição).
Por favor, não me entendam mal. Não milito na escola da “imutabilidade do ser” de Parménides de Eleia. Ao contrário, discordo da lógica daquele pensador pré-socrático segundo a qual toda mudança é ilusória. Simpatizo mesmo é com o pensamento de Heráclito de Éfeso, para quem “tudo flui”, nada permanece a mesma coisa, pois tudo se transforma e, pela ação da unidade dos contrários (dialética), está em contínua mutação.
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