Na reunião desta 5ª feira, em São Petersburgo, os BRICS podem tomar uma decisão histórica. O grupo formado por Brasil,Rússia, Índia, China e África do Sul deve anunciar oficialmente a criação de um fundo comum de reservas de divisas. Trata-se de um instrumento de coordenação e autodefesa cambial para fazer frente à turbulência crescente, fruto dos sinais emitidos pelo Fed , de que reduzirá as injeções de liquidez destinadas a reaquecer a economia americana. Mutatis mutandis, a decisão dos BRICS equivaleria à criação de uma frente internacional para afrontar a sistemática violação de soberanias pelo aparato de espionagem dos EUA. Reiterada pelas revelações da dupla Snowden/Greenwald, a ação da CIA revolta, mas não configura propriamente uma singularidade. Atropelar a soberania das nações é a essência do poder imperial, que na esfera econômica o faz com frequência e intensidade até superiores à exibida na guerra da informação. Mais que isso: indiferente à necessidade de coordenar seu interesse com o da comunidade mundial. Para que as economias em desenvolvimento deixem de ser o quintal pró-cíclico dos impulsos americanos é preciso construir instrumentos de defesa financeira e de coordenação econômica. É sobre essa retaguarda que, se tudo der certo, o mundo começa a falar a partir desta 5ª feira, quando os BRICS iniciam o resgate do elo perdido entre Bretton Woods e a luta pelo desenvolvimento. LEIA MAIS AQUI
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